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Caio Bonfim obtém bom resultado na Macha Atlética com sexto lugar

Caio Bonfim ficou na sexta posição

O brasiliense Caio Bonfim conquistou neste domingo, em Pequim, na China, o melhor resultado de um marchador do país, em Mundiais. Ele ficou em sexto lugar nos 20 km, que teve a chegada ao Estádio Nacional, o Ninho do Pássaro. Ele marcou 1h20min44, seu melhor tempo em 2015.

Assim, Caio igualou o feito do catarinense Sergio Galdino, que no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, em 1993, conseguiu a mesma posição, na prova. O marchador credita o bom resultado à regularidade que manteve em todo o percurso e à técnica que obteve em competições que nos dois últimos anos teve condições de fazer na Europa. “Durante a prova procurei manter um ritmo regular, de forma que pudesse chegar ao final disputando os primeiros lugares”, afirmou Caio.

Segundo Caio, ao chegar à pista do Ninho do Pássaro, ainda dava para brigar pelo quinto lugar com o chinês Zelin Cai, que terminou dois segundos antes. “No entanto, não cometi nenhuma falta em toda a prova e decidi não arriscar uma boa performance e um bom sexto lugar por apenas uma posição”, disse o atleta.

Na prova em Pequim, o ouro ficou com o espanhol Miguel Ángel López com 1h19min14, seguido pelo chinês Zhen Wang(1h19min29) e pelo canadense Benjamin Thorne(1h19min57).

ROSÂNGELA EM PRIMEIRO. Quem obteve um resultado muito bom também no Mundial foi Rosângela Santos. A velocista venceu a série 7 da fase preliminar dos 100m, com 11s14 e garantiu a classificação para a semifinal da prova, prevista para esta segunda-feira(dia 24). “Fiz o que devia fazer para garantir a classificação, aí veio até o primeiro lugar da série”, disse.

No heptatlo, após a disputa da última prova, os 800 m, a brasileira Vanessa Spínola fez 5.647 pontos e ficou na 26 posição. “O resultado final certamente não será o que eu esperava, mas disputar o Mundial é importante para adquirir experiência”, disse Vanessa.  O ouro foi para a britânica Jessica Ennis-Hill com 6.669 pontos, com a prata para Brianne Eaton (Canadá), 6.554 pontos e o bronze com Laura Ikauniece-Admidina (Letônia), 6.516.

Bolt volta a brilhar, derrota Gatlin e é tricampeão Mundial

Usain Bolt cruza a linha de chega um centésimo a frente

Das agências internacionais

O jamaicano Usain Bolt conquistou neste domingo o tricampeonato mundial dos 100 metros rasos, chegando à frente de seu maior rival em Pequim, o americano Justin Gatlin, melhor velocista da temporada que teve que se contentar com a prata, pela diferença de um centésimo.

Bolt, 29 anos, que disputou poucas provas esse ano e não vinha repetindo as atuações que fizeram dele o maior nome do atletismo, mostrou sua melhor forma na final do Mundial em Pequim, correndo os 100 metros em 9.79s, apenas um centésimo mais rápido que Gatlin(9.80 s).

Gatlin, que chegou à final com a melhor marca da temporada (9.74) e do Mundial (9.77), tinha certo favoritismo, mas acabou não correspondendo às expectativas na hora do tira-teima com Bolt. O bronze foi compartilhado pelo americano Trayvon Bromwell e o canadense Andre de Grasse, ambos correndo a distância em 9.92 segundos.

Tudo indicava que o Mundial de Pequim se tornaria palco do fim do ciclo vencedor de Usain Bolt e da consagração de Justin Gatlin, campeão olímpico em Atenas-2004, mas que teve a carreira manchadas pelos cinco anos de suspensão por doping. Bolt, apesar de se mostrar muito motivado, sofreu nas semifinais com um desequilíbrio no início da prova que quase custou caro.

Na final, porém, o carismático velocista voltou a brilhar, vencendo a prova num duelo parelho com Gatlin, para delírio dos fãs de atletismo, que enxergam no jamaicano a última esperança de um esporte limpo e sem doping. “Foi, sem dúvida, a corrida mais difícil para manter um título. Justin (Gatlin) correu muito bem o ano todo e meu técnico me disse que ele subiria o nível ainda mais no Mundial. Estou orgulhoso de mim”, declarou o ‘raio’ jamaicano.

Bolt já havia conquistado o ouro nos 100, 200, e 4×100 metros nos Mundiais de Berlim-2009 e Moscou-2013 e nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e Londres-2012. O único tropeço foi a prova dos 100 metros do Mundial de Daegu-2011, quando foi desclassificado por queimar a largada. O grande astro do atletismo sabe que não poderá comemorar muito a vitória, já que voltará a pista na terça-feira para reeditar o duelo com Gatlin, desta vez nos 200 metros.

Keila Costa e Núbia Soares disputam salto triplo no Mundial

Keila Costa sonha com a vaga olímpica no salto triplo

Experiência e juventude estarão juntas na pista do Ninho do Pássaro neste sábado, no Mundial de Pequim. Keila Costa, de 32 anos, e Núbia Soares, de 19 anos, disputam a qualificação do salto triplo a partir das 8h10 (horário de Brasília).

Keila, que já conquistou medalhas no Mundial Juvenil (bronze em Kingston/2002, no triplo) e no Mundial Indoor (bronze em Doha/2010, no distância), compete em um Campeonato Mundial Adulto pela quinta vez. E em dose dupla: também fará salto em distância.

Para disputar o triplo, a vaga veio a convite da Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Não que Keila não tenha conseguido superar o índice, que era de 14,20 m. A atleta saltou acima dessa marca em três oportunidades no ano – incluindo no Pan de Toronto, quando foi prata com 14,50 m -, mas as marcas foram estabelecidas com o vento acima do permitido pela regra, ou seja, com mais de 2 m/s.

Keila acredita em uma boa apresentação no triplo. “Estou mais confiante, sinto que dá para saltar bem, acima dos 14,50 m. Mas primeiro vou brigar para estar na final e, depois, quem sabe? Quero buscar a final nas duas provas”, afirma.

Se para Keila a disputa de um Mundial é fato recorrente na carreira, Núbia Soares terá sua primeira experiência no torneio. A atleta mineira, que tem apenas três anos de carreira no atletismo, está em seu último ano como juvenil. Passou por lesão no início da temporada e, já recuperada, disputou o Pan de Toronto e, logo em seguida, o Pan Juvenil de Edmonton, também no Canadá, quando foi ouro com a marca de 14,16 m, muito perto do índice olímpico.

“A Núbia voltou a treinar no fim de maio. No Pan de Toronto, sentiu a falta de ritmo de competição e não passou da primeira parte da prova (quando ficam as oito melhores após três saltos executados). No Pan Juvenil foi bem melhor”, diz o técnico Neilton Moura. “Eu estou me sentindo bem. O Mundial vai ser uma competição muito forte. Vai ser um oportunidade para melhorar meu resultado e conseguir o índice olímpico”, afirma Núbia.

Larissa/Talita e Ágatha/Bárbara vão às oitavas em Long Beach

Ágatha e Bárbara seguem invictas no Grand Slam dos EUA

O Brasil avançou com quatro duplas à fase eliminatória do Grand Slam de Long Beach, nos EUA. Nesta quinta-feira foi disputada a última rodada dos grupos e as duplas verde e amarela confirmaram o bom momento. Ágatha/Bárbara Seixas e Larissa/Talita venceram todos os jogos e vão direto às oitavas, enquanto Juliana/Maria Elisa e Maria Clara/Carol tropeçaram, mas disputam a repescagem.

As partidas seguem nesta sexta-feira, justamente com a repescagem e oitavas. Juliana/Maria Elisa encara as canadenses Jamie Broder e Kristina Valjas no sexto encontro entre os times, com vantagem de 4 a 1 para as brasileiras. Já Maria Clara e Carolina enfrentam as alemãs Chantal Laboureur e Julia Sude.

Ágatha e Bárbara Seixas enfrentam o vencedor do confronto entre as italianas Marta Menegatti/Viktoria Orsi Toth contra Linline Matauatu/Pata Miller, de Vanuatu. Já Larissa e Talita encaram o time americano vencedor do confronto entre Jennifer Fopma/Brittany Hochevar contra Lauren Fendrick/Brooke Sweat. Lili e Carol Horta, medalhistas de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, deram adeus ao campeonato na fase de grupos.

Cabeças de chave número dois, Larissa e Talita encerraram a primeira fase em Long Beach com 100% de aproveitamento. As campeãs do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open tiveram o domínio das ações e superaram as canadenses Jamie Broder e Kristina Valjas por 2 a 0 (21/15 e 26/24), em 41 minutos.

“Está muito quente, os jogos estão sendo difíceis, mas a campanha aqui em Long Beach tem sido muito boa. Ganhamos os três jogos, saímos em primeiro lugar da chave e conseguimos achar a solução para situações ruins dentro das partidas”, afirmou Talita.

Pelo encerramento da fase de grupos, Ágatha e Bárbara Seixas encararam as polonesas Kinga Kolosinska e Monika Brzostek e mantiveram o alto nível de voleibol que as levaram ao título do Campeonato Mundial, vencendo por 2 sets a 0 (21/16 e 21/17), em 39 minutos.

Os times vencedores da etapa de Long Beach nos dois gêneros somam 800 pontos no ranking do Circuito Mundial e garantem um prêmio de 57 mil dólares. Ao todo, 400 mil dólares são distribuídos aos atletas em cada um dois gêneros. Após a etapa, o tour segue para o Grand Slam da Polônia, de 25 a 30 de agosto.

Brasileiros disputam três finais no evento-teste de Vela

Kahena e Martine disputam a medalha no evento-teste

Cinco classes terminaram as provas eliminatórias nesta quinta-feira, no sexto dia de competições no Aquece Rio Regata Internacional de Vela, evento-teste da modalidade, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Três delas terão brasileiros na regata da medalha: Martine e Kahena, na 49er FX; Robert Scheidt, na Laser; e Fernanda Decnop, na Laser Radial.

O dia também foi marcado pelas finais na classe RS:X. Entre os homens, Ricardo Winicki, o Bimba, terminou a regata em 6º, e ficou em 7º na classificação final. “O objetivo era ficar entre os cinco e até brigar por medalhas, mas acho que errei um pouquinho na preparação final para o evento. O Pan me cansou bastante, fisicamente e mentalmente, já que é um evento em que você tem quase obrigação de ganhar, e me cobro bastante”, afirmou Bimba.

Ficou, segundo ele, uma lição importante para 2016. “Aprendi que aqui pode ter vento fraco também, depois de tantos campeonatos de ventos fortes. Não muda muito a preparação, mas é saber que pode ser assim no ano que vem”, disse. O ouro ficou com o chinês Aichen Wang, a prata foi para o grego Byron Kokkalanis e o francês Pierre Le Coq completou o pódio. No feminino, a francesa Charline Picon ficou em primeiro, seguida pela polonesa Malgorzata Bialecka. O bronze foi para a espanhola Blanca Manchon.

Já na 49er FX, as campeãs mundiais Martine Grael e Kahena Kunze vão para a regata da medalha na segunda colocação final, após o fim das dez provas classificatórias. Para Kahena, a quinta feira foi um dia complicado nas três regatas disputadas. “Tivemos alguns problemas e eu falei para a Martine: aqui é o momento de errar, não é a Olimpíada ainda. Amanhã, temos que velejar tranquilas e evitar o máximo de erro possível”, disse Kahena.

Na Laser, Robert Scheidt recebeu a bandeira preta por queimar a largada e foi desclassificado na primeira regata do dia, mas venceu a segunda prova, resultado que o leva para a regata da medalha em quinto lugar. Na Laser Radial, Fernanda Decnop entrou para a regata da medalha em 9º lugar após as nove provas classificatórias.  As finais das classes 49er FX, Laser e Laser Radial serão realizadas nesta sexta-feira (21.08).

Confira os resultados dos brasileiros, por classe, às 19h de quinta (20.08)*

» 470 masculino, após oito regatas: Henrique Haddad e Bruno Bethlem – 14º
» 470 feminino, após oito regatas: Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan – 11º
» 49er, após dez regatas: Marco Grael e Gabriel Borges – 13º – fora da regata da medalha
» 49er FX, após dez regatas: Martine Grael e Kahena Kunze – 2º -dentro da regata da medalha
» Finn, após oito regatas: Jorge Zarif – 13º
» Laser, após nove regatas: Robert Scheidt – 5º – dentro da regata da medalha
» Laser radial, após nove regatas: Fernanda Decnop – 9º – dentro da regata da medalha
» Nacra 17, após onze regatas: Samuel Albrecht e Isabel Swan – 15º – fora da regata da medalha
» RS: X masculino, após a Medal Race: Ricardo Winicki – 7º
» RS: X feminino, resultado final: Patrícia Freitas 11º

Larissa/Talita vencem ‘clássico’ e conquistam etapa de Brasília

Larissa e Talita com o troféu da primeira etapa 

A temporada 2015/2016 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia começou com tudo. Em uma final recheada de rivalidade e títulos mundiais, Larissa e Talita superaram suas ex-parceiras Juliana e Maria Elisa por 2 a 1 (21/14, 12/21, 15/12), em 49 minutos, e conquistaram a etapa de abertura, neste domingo, em Brasília (DF). A vitória é uma prévia para o retorno do Circuito Mundial, já que os times embarcam neste fim de semana para o Grand Slam dos Estados Unidos.

A partida contou com arena lotada e muita empolgação da torcida brasiliense, que se dividiu na torcida pelas finalistas. Na disputa de bronze, melhor para Fernanda Berti e Taiana, que venceram Maria Clara/Carol por 2 a 0 (22/20, 21/19), em 38 minutos de jogo. A próxima parada do Circuito Brasileiro é em Contagem (MG), de 18 a 20 de setembro.

Com a vitória, Larissa chega ao quarto título jogando na capital federal, igualando Adriana Behar e Shelda como maiores vencedoras. A capixaba já tinha sido campeã na cidade de 2006 a 2008. “Os jogos contra a Juliana e a Maria são sempre difíceis, é um torneio muito duro. Elas fizeram um bom jogo, nós pecamos além do que deveríamos, acabamos saindo um pouco. Mas tivemos calma, tranquilidade, para recolocarmos a cabeça no lugar. É ótimo começar vencendo, nos dá motivação para retornarmos ao Circuito Mundial com tudo”, disse Talita.

Larissa comemorou a vitória na primeira etapa do Circuito Brasileiro e o fato de ter igualado Adriana e Shelda nos torneios disputados em Brasília. “É muito legal, muitas vezes, durante nossa carreira, não conseguimos mensurar o que acontece e acabamos não dando o devido valor. Ao mesmo tempo em que prefiro pensar jogo a jogo, fico muito feliz quando fico sabendo. Essas coisas ficam para sempre”, disse a capixaba, que também foi eleita melhor jogadora da final.

O Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia terá nove etapas (cinco em 2015 e quatro em 2016) e uma edição do SuperPraia, com campeões independentes. Depois de Brasília, o Circuito Brasileiro passará, ainda este ano, por Contagem (MG), Goiânia (GO), Bauru (SP) e Curitiba (PR). As quatro etapas de 2016 e o SuperPraia, que reúne as oito melhores duplas da temporada, ainda terão suas cidades confirmadas.