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Atleta da Eritreia vence maratona do Mundial de Pequim

A bandeira da Eritreia foi a primeira a ocupar o lugar mais alto do Mundial de Atletismo, sediado em Pequim, na China. Nesta sexta-feira, Ghirmay Ghebreslassie foi o vencedor da maratona masculina, após cruzar a linha de chegada no estádio Ninho de Pássaro em 2h12min27.

Com apenas 19 anos, o jovem corredor da Eritreia deixou para trás o etíope Yesame Tsegay, com 2h13min07, e o ugandês Munyo Solomon Mutai, com 2h13min29, que ficaram respectivamente na segunda e terceira posições.

A prova de 42 km contou com a presença de três brasileiros. Solonei da Silva foi o único a completar o trajeto, terminando na 18ª colocação, com 2h19min19. Edmilson Santana e Gilberto Lopes abandonaram.

Campeão na última edição do Mundial, em 2013, na Rússia, o ugandês Stephen Kiprotich foi o sexto colocado, com o tempo de 2h14min42s. O africano foi separado do pódio por Shumi Dechasa, do Bahrein, e Ruggero Pertile, da Itália, quinto e quarto colocados, respectivamente.

Franck Caldeira abandona Maratona e Ubiratan é o 13º

Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB
Brasileiros ficaram longe do pódio na Maratona do Pan

Uma das provas mais tradicionais do atletismo, a maratona dos Jogos Pan-americanos Toronto 2015 terminou mais cedo para Franck Caldeira, do Brasil. O maratonista, campeão dos Jogos Rio 2007, sentiu um desconforto na coxa direita e não conseguiu completar a prova, abandonando-a depois de percorrer quase 30km.

O outro brasileiro na prova, Ubiratan dos Santos chegou na 13ª colocação. A maratona foi vencida pelo cubano Richer Perez, seguido de Raul Pacheco, do Peru, e Mariano Mastromarino, da Argentina.

“Não foi um dia especial para mim, senti um espasmo no músculo posterior. Fico frustrado porque, sempre que disputo uma prova, é para dar o meu melhor. Mas, na maratona, há dias bons e outros ruins e, infelizmente, hoje não foi o meu dia”, explicou Caldeira, ao abandonar a prova.

Franck Caldeira chegou a liderar a prova quando foram percorridos cerca de 15km. Quando estava na terceira posição, sentiu a dor ao tentar acompanhar o peruano Pacheco, que, àquela altura era o líder e imprimia um forte ritmo de corrida.

“Quando ele passou por mim e deu uma escapada, forcei um pouco para acompanha-lo. Foi aí que eu senti a dor e parei”, finalizou.

Queniano quebra o recorde mundial na maratona de Berlim

Das agências internacionais

O queniano Dennis Kimetto quebrou o recorde mundial na maratona em Berlim, vencendo a prova neste domingo com o tempo de duas horas, dois minutos e 57 segundos após impor um ritmo brilhante desde o início da prova e bater o recorde anterior em 26 segundos.

Kimetto impressionou os espectadores ao longo do circuito com seu ritmo forte e aparentemente sem exigir esforços, e não tomou conhecimento dos adversários e das adversidades da prova.

O corredor de 30 anos de idade, que estava entre os favoritos, se desgarrou do pelotão com sete homens, incluindo os compatriotas Emmanuel Mutai e Geoffrey Kamworor, após 20 quilômetros sob a manhã fresca e ensolarada de Berlim.

Faltando quatro quilômetros, ele abriu distância de Mutai para se tornar o primeiro homem a cumprir a prova em menos de duas horas e três minutos. Kimetto, cujo desempenho também eclipsou o tempo de 2h03min02 de Mutai em 2011 na maratona de Boston, conseguiu marcar, em média, dois minutos e 55 segundos por quilômetro. E sua segunda metade de corrida foi 30 segundos mais rápida que a primeira.

É a segunda vez consecutiva que o recorde mundial se estabelece na maratona de Berlim, cujo percurso é considerado o mais rápido para maratonas, depois que o queniano Wilson Kipgsang assinalou o recorde anterior de duas horas, três minutos e 23 segundos na capital alemã em 2013.

Na prova feminina, a etíope Tirfi Tsegaye conseguiu o tempo de 2:20:18, nove segundos a menos que a compatriota Feyse Tadese. Shalane Flanagan, dos EUA, foi a terceira.

Queniano Mutai vence Meia Maratona do Rio com facilidade

O queniano Geoffrey Mutai, atual campeão das maratonas de Nova York e Berlim, venceu neste domingo com folga a Meia Maratona do Rio de Janeiro e impôs um novo recorde para a prova, de 59min56s.

O queniano, considerado o atleta mais rápido nas corridas de longa distância e dono do recorde mundial de maratona, com o tempo de 2h03min02s obtido em Boston em 2011, chegou com ampla vantagem sobre os cerca de 20 mil inscritos.

O mais desafio para o africano, que rapidamente se isolou na frente, foram as poças de água que estavam presentes em todo o caminho por causa da chuva de sábado. O Quênia também ficou com a vitória entre as mulheres, com Nancy Kipron, que confirmou o favoritismo e completou o percurso em 1h11min06s.

Paulo Roberto e Solonei representam o Brasil na maratona do Mundial

Paulo Roberto chegou em oitavo nos Jogos Olímpicos

Uma das grandes atrações do programa do Mundial de Atletismo é a disputa da maratona. A prova masculina será realizada neste sábado, com largada no Estádio Olímpico de Moscou, às 08:30, de Brasília. O Brasil estará representado por dois dos seus principais corredores da distância (42,195 km): Paulo Roberto de Almeida Paula e Solonei Rocha da Silva.

Os dois têm grandes histórias no pedestrianismo. Paulo Roberto, de 34 anos, viveu um grande momento em 2012, quando disputou a maratona olímpica em Londres e terminou em oitavo lugar. Solonei, de 32 anos, em 2011, no PAN de Guadalajara, ganhou a medalha de ouro.

O recorde pessoal de Paulo Roberto é 2h10min23, conseguida no ano passado em Pádova, na Itália. Este ano, seu melhor resultado foi 2h13min00, na mesma cidade italiana. Já Solonei tem como recorde pessoal 2h11min31, também conseguido em Pádova, em 2011. Este ano fez 2h12min48, em Seul, na Coreia do Sul.

Solonei fez sua preparação em Paipa, na Colômbia, seguindo o plano do treinador Clodoaldo do Carmo. De lá veio para Moscou, onde chegou no dia 10 para fazer a adaptação ao fuso horário, já que na capital da Rússia são sete horas a mais que em Brasília. “Estou confiante e bem preparado para a disputa”, afirmou Solonei.

Paulo Roberto, segundo seu treinador Marco Antonio de Oliveira, “fez a melhor preparação possível. Não nos faltou nada. Tudo o que solicitamos foi concedido. O Paulo fez a preparação inicial em Cochabamba, na Bolívia. Depois, ficou um tempo em Lisboa e agora está pronto para correr a prova”, explicou Marco Antonio.

“Temos um grupo bem diferente daquele que competiu na Olimpíada de Londres. A prova está em aberto, embora haja quatro que já fizeram a distância na casa de duas horas e quatro minutos”, lembrou o treinar. Estes donos dos melhores tempos entre os 70 inscritos são três etíopes e um queniano, pela ordem: Feiysa Lilesa – 2h04min38, Tsegay Tebede – 2h04min45, Tadese Tola – 2h04min49, Bernard Kiprop Koech – 2h04min53.

Etíope e queniana vencem maratona de Londres entre grandes medidas de segurança

O etíope Tsegaye Kebede e a queniana Priscah Jiptoo venceram neste domingo uma emotiva maratona de Londres, disputada com um grande dispositivo de segurança, sem o registro de incidentes, seis dias depois do atentado na maratona de Boston.

Kebede venceu a prova com o tempo de 2 horas, 6 minutos e 3 segundos, enquanto Jeptoo venceu a prova feminina em 2h20:23.
Na prova masculina, o segundo colocado foi o queniano Emmanuel Mutai (2h06:33) e outro etíope, Ayele Abshero, completou o pódio (2:06.56). Entre as mulheres Edna Kiplagat (2h21:30) completou a dobradinha queniana e a japonesa Yukiko Akaba (2h24:41) foi a terceira colocada.

Os quase 36.000 participantes na maratona de Londres, que usavam fitas pretas em homenagem às vítimas de Boston, respeitaram 30 segundos de silêncio antes da largada.

A prova contou com um número de policiais 40% maior que o da edição de 2012 para garantir a segurança, depois do atentando na segunda-feira passada na prova de Boston, que deixou três mortos e 180 feridos.

A maratona, acompanhada por centenas de milhares de espectadores de Greenwich até o centro da capital britânica, aconteceu sem incidentes.

Kebede, de 26 anos, alcançou Mutai a um quilômetro da linha de chegada e o ultrapassou no Mall, a avenida que leva ao Palácio de Buckingham. O etíope conquistou assim a segunda vitória em Londres, depois do triunfo em 2010. Mutai foi o vencedor em 2011. Kebede conta ainda com uma vitória na maratona de Paris (2008) e as medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e no Mundial de 2009.

Na disputa feminina, Jeptoo, de 28 anos, venceu com tranquilidade e uma boa distância das rivais. A queniana foi medalhista de prata na maratona dos Jogos de Londres-2012. A campeã olímpica, a etíope Tiki Gelana, caiu ao bater em uma cadeira de rodas de um participante paralímpico e ficou muito para trás durante a prova.

Após a explosão de duas bombas na segunda-feira a poucos metros da linha de chegada da maratona de Boston, o dispositivo de segurança do evento londrino foi reforçado, mas a polícia destacou que o nível de ameaça não havia aumentado.

A Scotland Yard, que trabalha em estreita colaboração com o FBI e a polícia de Boston, afirmou que “não existe vínculo conhecido entre as atrocidades cometidas na maratona de Boston e a maratona de Londres”.

Apesar do reforço da segurança, os espectadores acompanharam a prova ao longo dos 42,195 km de percurso, de Greenwich, leste de Londres, passando ao longo do Tâmisa até os arredores de Buckingham, depois de passar por vários locais emblemáticos da capital, como Canary Wharf, a Tower Bridge, o Big Ben e o Parlamento.

Maratona dá 21º ouro ao Brasil com Tito Sena e país bate recorde

O Brasil ganhou sua 21ª medalha de ouro nas Paralimpíadas de Londres, neste domingo, com a vitória de Tito Sena na Maratona T46, última disputa dourada do país, atingindo a meta projetada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro antes dos Jogos.

O maratonista brasileiro correu os 42km em 2h30m40, sua melhor marca pessoal, e terminou 40 segundos à frente do espanhol Abderrahman Ait Khamouch. O compatriota Olivan Bonfim terminou a prova em quarto, atrás do belga Frederic Heede. O resultado sacramentou o Brasil no sétimo lugar do quadro geral de medalhas, com 43 conquistas: 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze.

“O espanhol estava tentando fugir e eu fiquei segurando. Minha perna estava pesada, mas eu sabia que não podia parar. Nos 200 metros finais eu sabia que era do Brasil esse ouro, não ia abrir mão. Fui para cima e conquistamos essa medalha de ouro para o nosso Brasil”, afirmou o campeão.

Segundo Tito, prata nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 na mesma prova, o diferencial foi a estratégia adotada nesta edição. “Circulei no pelotão de frente o tempo todo, liderando junto com o espanhol. Na reta final ele deu o sprint, mas não conseguiu segurar. Aí eu dei o sprint e ganhei. É uma emoção muito grande”, resumiu Tito.

O resultado do maratonista consolida o sucesso do Brasil na modalidade, que teve em Londres o melhor desempenho na história das Paralimpíadas: 18 medalhas, sendo sete de ouro, oito de prata e três de bronze.

“Tivemos quatro medalhistas de ouro homens na história (Luiz Cláudio Pereira, Antônio Delfino, André Andrade e Lucas Prado) e fizemos quatro novos em Londres (Alan Fonteles, Felipe Gomes, Yohansson Nascimento e Tito Sena). Duplicamos o número de medalhistas de ouro. Ficamos em sétimo lugar, dentro da meta da modalidade, e alcançamos a melhor marca de medalhas da história. Renovamos os atletas medalhistas e temos jovens com boas perspectivas para os próximos anos”, avaliou o coordenador nacional do atletismo, Ciro Winckler.

Em Londres, Marílson chega em 5o na maratona; prova foi a "mais sofrida"

O clima quente e abafado tornou a prova mais tradicional dos Jogos Olímpicos um exercício de força mental e resistência, superado com louvor pelo trio verde-amarelo.

Mesmo sem medalhas, pela primeira vez todos os três brasileiros cruzaram a linha de chegada entre os 15 primeiros: Marílson ficou em quinto lugar, com 2h11min10s, Paulo Roberto Paula em oitavo, com 2h12min17s, e Franck Caldeira terminou em 13º, com 2h13min35s. A maratona foi vencida por Stephen Kiprotich, de Uganda, com 2h08min01s.

“Nunca cheguei tão cansado em uma prova. Queria muito a medalha e acreditei que um dos três primeiros fosse quebrar em algum momento. Realmente, dei o meu máximo. Os dois últimos quilômetros foram os mais difíceis que eu já fiz. No fim, perdi o quarto lugar, porque tentei alcançar o terceiro e forcei demais. Já vi atleta perdendo a medalha no finzinho e não queria desistir antes do fim”, disse Marílson, antes de comentar, com bom humor, a participação brasileira na prova. “Se tivesse pontuação por equipe, estaríamos muito bem”.

Nos Jogos de Londres, a maratona olímpica foi disputada em um circuito de três voltas de 12,875km, acrescido de um trecho de 3,57 quilômetros no início da prova. Às margens do Tâmisa, o trajeto passou pelos principais cartões postais de Londres, como o Palácio de Buckingham, Catedral de Saint Paul, Trafalgar Square e o Big Ben.

Depois de um início bem equilibrado, com os três brasileiros posicionados no pelotão de frente, Franck Caldeira chegou a liderar a prova na altura dos 10 quilômetros, abrindo uma vantagem de oito segundos sobre o segundo colocado, Emmanuel Kipchirchir Mutai, do Quênia. Porém, a vantagem evaporou-se depois que os atletas quenianos e etíopes passaram a forçar o ritmo e recuperaram a liderança.

Marílson e Paulo Roberto mantinham-se no segundo pelotão, formado atrás dos quenianos Wilson Kiprotich e Abel Kirui e do ugandês Stephen Kiprotich. Depois de chegar à metade da prova na sétima posição, Marílson pulou para a quinta colocação na passagem do quilômetro 25, enquanto Paulo Roberto mantinha-se em décimo.

A esperança de medalha aumentou no 31º quilômetro, quando Marílson assumiu a quarta posição da prova, ultrapassando o etíope Ayele Abshero. No entanto, o ritmo forte imposto por Stephen Kiprotich, que assumiu a liderança no 36º quilômetro, não deixou o brasileiro se aproximar demais. Depois de forçar demais, Marílson ainda foi ultrapassado pelo americano Mebrahtom Keflezighi no último quilômetro e terminou na quinta posição.

O pódio da prova foi dominado pelos africanos. Stephen Kiprotich, de Uganda, levou o ouro com tempo de 2h08min01s. Os quenianos Abel Kirui (2h08min27s) e Wilson Kipsang (2h09min37s) ficaram com as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

Emocionado, Paulo Roberto disse ao final da prova que, apesar do esforço, não conseguiu fazer a sua melhor marca. “No quilômetro 38 não pude fazer minha marca melhor, mas dei meu sangue”, disse.
Essa é a primeira vez desde Barcelona-1992 que o atletismo brasileiro não conquista medalha em Olimpíada.

Trio brasileiro pronto para a maratona de Londres-2012

A prova da maratona masculina (42km195m) encerra, neste domingo, o atletismo nos Jogos Olímpicos Londres 2012. O Brasil será representado pelo mineiro Franck Caldeira e pelos paulistas Marilson dos Santos e Paulo Roberto Almeida.

Os atletas terão pela frente um circuito bem diferente do que encontram normalmente nas demais maratonas. Isso porque a organização dos Jogos decidiu fazer um traçado mais curto para valorizar alguns pontos turísticos da capital inglesa. Dessa forma, os corredores terão que passar pelo mesmo local, em alguns casos, três vezes.

Aos 35 anos, Marilson participa pela segunda vez da maratona nos Jogos Olímpicos. Em Pequim-2008 não terminou a prova. Para superar as possíveis diferenças climáticas de Londres e seus principais adversários, os africanos, o brasileiro e seu técnico traçaram algumas estratégias para que tudo corra bem do início ao fim.

“Estou preparado para qualquer temperatura para não ter uma decepção no dia da prova. A maratona está se tornando mais difícil a cada ano por diversos fatores. A hegemonia dos africanos é uma delas. Essa hegemonia se consolida a cada prova também, mas em uma Olimpíada tudo pode acontecer”, afirmou Marilson, oitavo colocado na Maratona de Londres deste ano, onde conquistou seu índice olímpico.

Sob o comando do técnico Ricardo D’Angelo, Franck Caldeira, de 29 anos, alcançou a classificação para os Jogos de Londres com o sexto lugar na Maratona de Milão, em 15 de abril deste ano. Quatro anos depois da sua estreia em Pequim 2008, quando não completou a prova, Franck está otimista quanto a um bom resultado. “Desta vez quero terminar a prova, e bem. Não quero fazer prognóstico quanto ao meu tempo e a colocação final para não criar nenhuma expectativa. O importante é que chego bem preparado”, disse o vencedor da maratona nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.

Paulo Roberto, de 33 anos, obteve por três vezes o índice olímpico em seis meses: 2h13min15s, em Amsterdã 2011; 2h11min51s em Barcelona e 2h10min23s em Padova, ambos em 2012. Em sua estreia olímpica, a expectativa é a melhor possível. “Comecei a preparação para chegar ao índice na maratona há três anos, focando as meias-maratonas, melhorando meus tempos, mas sempre pensando em chegar aos 42km. Desde o começo muita gente não acreditava em mim. Mas meus resultados provam que estou no caminho certo. A cada nova maratona, o objetivo é sempre superar meu recorde.”, concluiu.

Adriana Silva completa a maratona olímpica em 47º lugar

Adriana Aparecida terminou em uma posição intermediária

Em uma prova marcada pelas variações climáticas e cercada de história – foi em Londres que a prova ganhou os 195 metros adicionais aos tradicionais 42 quilômetros para que a família real pudesse assistir ao início da competição no jardim do Palácio de Windsor, nos Jogos Olímpicos de 1948 –, a brasileira Adriana Silva completou a maratona olímpica em 2h33min15s e ficou com a 47ª posição, na manhã deste domingo, 5 de agosto. A marca é quatro minutos superior ao seu melhor tempo.

Disputada em um circuito com três voltas de 12,875 km, acrescido de um trecho de 3,57 quilômetros no início da prova, a maratona olímpica desfilou pelos principais cartões postais da capital inglesa, com seus atletas correndo em frente ao Palácio de Buckingham, à Catedral de Saint Paul, a Trafalgar Square e ao Big Ben. Logo nos primeiros quilômetros, Adriana manteve um ritmo forte, junto ao pelotão das favoritas. Na marca de 10 quilômetros, passou a 35min25.

Na metade da prova, já mais afastada das líderes, Adriana começou a sentir o preço do ritmo forte imposto inicialmente. Mas a maratonista brasileira passou a recuperar posições após o trigésimo quilômetro, pulando onze postos até cruzar a linha de chegada, sob forte chuva. Depois de completar apenas a sexta maratona de sua vida, Adriana saiu feliz. “Estou contente porque foi uma experiência muito legal. Tive condição de acompanhar o início das etíopes e das quenianas e terminei passando pelas primeiras marcas mais forte do que deveria. Toda essa experiência vai me ajudar bastante para as próximas competições”, disse.

O treinador de Adriana, Claudio Castilho, afirmou que o circuito escolhido, com mais de 90 curvas, embaralhou a disputa. “Foi uma prova extremamente técnica, que fez com que algumas favoritas não apresentassem o desempenho esperado. Foi um jogo de xadrez”, definiu.