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Vitória no futebol de 7 encerra as conquistas brasileiras no Parapan

Futebol de 7 comemora o último ouro do Brasil no Parapan

Depois da vitória brasileira no futebol de 5, os campos da Universidade de Toronto receberam mais uma final entre Brasil e Argentina, desta vez no futebol de 7, para paralisados cerebrais. Em uma partida repleta de faltas, cartões amarelos e até uma expulsão, os brasileiros mantiveram a superioridade mostrada ao longo do Parapan, marcaram 3 x 1 e ficaram com o ouro.

Bronze no Mundial da Inglaterra neste ano, o Brasil começou abrindo o placar aos 11 minutos de jogo, quando o camisa 10, Wanderson Silva, driblou a zaga argentina e deixou Evandro Oliveira na cara do gol. “É o meu primeiro Parapan, então é especial receber essa medalha de ouro”, comentou Wanderson após a vitória. O jogador já foi duas vezes eleito o melhor do mundo.

A alegria inicial dos brasileiros chegou a ser ameaçada. Três minutos depois do primeiro gol, o argentino Matias Bassi empatou para os adversários, furando, pela primeira vez em Toronto, a defesa brasileira. “A gente vem trabalhando para não levar nenhum, mas tem que colocar a cabeça no lugar porque o objetivo era a medalha”, analisou o goleiro Marcos dos Santos. Antes da decisão, o Brasil havia marcado 28 gols e não sofrido nenhum. “Isso é fruto de muito empenho. Fizemos um bom trabalho para chegar aqui”, acrescentou Marcão.

A equipe do técnico Paulo Cabral ainda teve grandes chances no primeiro tempo: foram 14 chutes a gol no período, enquanto os argentinos marcaram na única oportunidade que tiveram. Depois de um lance de Jan Brito que pegou no travessão rival, aos 28 minutos, o primeiro tempo ficou empatado em 1 x 1.

No retorno do intervalo, os argentinos ficaram mais agressivos, marcando sucessivas faltas em cima dos brasileiros. Autor do gol rival, Matias Bassi, que já tinha um cartão amarelo do primeiro período, acabou expulso aos oito minutos. Cinco minutos depois, José Carlos Guimarães conseguiu o desempate: 2 x 1 para o Brasil. O time ainda teve outras boas oportunidades, mas a Argentina contou com a forte defesa do goleiro Claudio Figuera. O último gol do Brasil saiu aos 23 minutos, com Maycon Ferreira, para selar a vitória e o título.

“Agora vamos focar nos Jogos do Rio porque também queremos o ouro lá. Teremos equipes mais fortes, como Rússia e Ucrânia, que são potências mundiais”, adiantou José Carlos, mais conhecido pelos companheiros como Zeca, que pretende pendurar as chuteiras depois das Paralimpíadas, aos 38 anos.

Veja o quadro de medalhas dos Jogos Parapan-americanos

Atletismo brasileiro encerra sua participação no Parapan com 80 medalhas

Foto:Daniel Zappe/MPIX/CPB
Equipe brasileira subiu 80 vezes ao pódio no Parapan-2015

Com mais 18 medalhas, o atletismo paralímpico brasileiro encerrou nesta sexta-feira, 14, a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Ao todo, foram 80 pódios conquistados: 34 de ouro, 28 de prata e outras 18 de bronze.

O último dia de competições teve show dos velocistas brasileiros. Terezinha Guilhermina (200m e 400m-T11), Alan Fonteles (200m-T44), Mateus Evangelista (200m-T37), Petrúcio Ferreira (200m-T47) e Verônica Hipólito, além do revezamento 4×100 T11-13 subiram ao lugar mais alto do pódio. Completaram a lista os fundistas Odair Santos (1.500m-T11) e Yeltsin Jacques (1.500m-T12)

“Estou treinando e me sentindo muito bem. Os 200m são a minha prova favorita, a que eu mais gosto. Era para vir para abaixo de 22s, mas pude levar a medalha ao meu país. É a minha primeira medalha em Parapan, que eu tentava há muito tempo. Agradeço a todos que acreditaram em mim e aos que torceram por mim”, disse Alan.

“Pode esperar que vou brigar para defender meu título dos 200m na Paralimpíada e vou brigar nas provas de 100m e 400m até o último metro para ficar com esta medalha em meu país”, completou o velocista.

O foco dos atletas brasileiros nesta temporada agora se volta para o Mundial Paralímpico de Atletismo, que ocorrerá em Doha, Catar, entre os dias 19 e 29 de outubro. Antes disso, haverá ainda a segunda nacional do Circuito Caixa Loterias de Atletismo e Natação, nos dias 12 e 13 de setembro.
Confira abaixo a lista dos medalhistas brasileiros nesta sexta-feira, no atletismo

OUROS
Terezinha Guilhermina – 200m rasos – T11
Alan Fonteles – 200m rasos – T44
Mateus Evangelista – 200m rasos – T37
Petrúcio Ferreira – 200m rasos – T47
Odair dos Santos – 1.500m – T11
Yeltsin Jacques – 1.500m – T12
Verônica Hipólito – 400m rasos – T38
Terezinha Guilhermina – 400m rasos – T11
Revezamento 4x100m (Lucas Prado, Felipe Gomes, Gustavo Araújo e Diogo Jerônimo) – T11-13
PRATAS
Tascitha Oliveira – 100m rasos – T36
Thalita Simplício – 200m rasos – T11
Alice Corrêa – 200m rasos – T12
Yohansson Nascimento – 200m rasos – T47
Thalita Simplício – 400m rasos – T11
Parré – 400m rasos – T53
BRONZES
Paulo Pereira – 200m rasos – T37
Raissa Machado – lançamento de dardo – F55/56
Jerusa Gerber – 400m rasos – T11

Tenista Natália Mayara se emociona com ouro e anúncio de que será porta-bandeira

Natália Mayara irá levar a bandeira do Brasil no encerramento

Ela entrou para as disputas do tênis em cadeira de rodas nos Jogos Parapan-Americanos como a quarta favorita, mas vai voltar de Toronto para Brasília com duas medalhas de ouro na bagagem. Emoção comparável somente à de ser anunciada como porta-bandeira da delegação nacional na cerimônia de encerramento do evento neste sábado. Natália Mayara teve dois dias intensos, cansativos, mas recompensadores.

Na quinta-feira, a brasileira venceu a final de duplas ao lado de Rejane Silva, por 2 a 1 sobre as colombianas Johana Martinez e Angelica Bernal. Nesta sexta-feira, ganhou a final individual da americana Kaitlyn Verfuerth, cabeça de chave número um do torneio, por 2 a 0, com parciais de 7/6 e 6/2. E enquanto comemorava, recebeu a notícia: “A gente queria aproveitar para dizer que você é a nossa porta-bandeira na cerimônia de encerramento”, comunicou Edilson Alves, chefe de missão do Brasil e coordenador técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Motivo para Natália se emocionar novamente. “Nunca imaginei. Juro que pensei no começo, quando a Terezinha Guilhermina (corredora) tinha sido escolhida para ser a porta-bandeira da abertura: ‘Poxa, um dia eu vou conseguir, vou ser importante para isso’. E eu consegui”. Recompensa pelo esforço feito entre a última edição do Parapan, em Guadalajara, até a decisão no Canadá: “Há quatro anos saí chorando de tristeza, porque perdi para a norte-americana nas quartas de final. Trabalhei duro e hoje volto com dois ouros”, disse.

No masculino, enquanto Natália travava a batalha pelo ouro, o brasileiro Daniel Rodrigues buscava o bronze na quadra ao lado. Com mais facilidade, ele venceu o colombiano Eliecer Oquendo por 2 a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, enquanto a compatriota ainda estava fechando o primeiro set. O tenista havia conquistado, no dia anterior, a prata nas duplas no masculino ao lado de Carlos Alberto Chaves.

“Eu estava focado nisso, dormi pensando nessa medalha. Não podia deixar escapar de jeito nenhum. É muito importante voltar com duas medalhas. É meu segundo Parapan. Na edição passada só pude disputar no individual e não passei da primeira rodada”, conta o tenista, que mudou o panorama da carreira de Guadalajara para Toronto, a exemplo de Natália.

Bronze no Parapan representa mais um renascimento de Rosinha Santos

Foto:Washington Alves/MPIX/CPB
Roseane Santos subiu ao pódio após vencer o câncer

Em meio às 19 medalhas que o Brasil conquistou no atletismo nesta terça, um dos três bronzes referendados teve significado simbólico. A medalhista paralímpica Rosinha Santos cumpriu a primeira prova do arremesso de peso na categoria F56/57 em seu último Parapan. Subiu ao pódio depois de um afastamento de um ano causado por um câncer linfático na garganta descoberto em janeiro de 2014.

“Passa um filme na minha cabeça de tudo o que fiz, do que aconteceu comigo, de ter sido a última convocada para estar aqui”, diz. O tratamento foi longo e, segundo ela, doloroso. “Não podia tomar sol, não podia fazer esforço e tive que me afastar do esporte. Só em 19 de janeiro recebi alta para começar a treinar levemente. Fui trabalhando até chegar aqui”, relata.

Antes de seguir carreira no esporte, Rosinha trabalhava como empregada doméstica. Aos 18 anos foi atropelada por um motorista embriagado e perdeu a perna. A partir daí, se dedicou ao esporte e hoje, aos 43 anos, encara o retorno como uma nova redenção.

“Quando fiquei sabendo do câncer pensei que nunca mais iria competir. Achei que tudo tinha acabado. Mas foi um recomeço. Foi onde encontrei forças para tentar chegar ainda mais longe”, conta. Por isso, o bronze tem projeção tão especial. “Para mim, é como se tivesse um ouro no peito, porque mesmo com toda a dificuldade eu ganhei”, disse, emocionada.

A multimedalhista tem um histórico de respeito. Faturou nos Jogos de Guadalajara, em 2011, um ouro no lançamento de disco e um bronze no arremesso de peso. Nas Paralímpiadas de Sydney, em 2000, foi campeã e recordista mundial ganhando dois ouros nos arremessos de peso e disco. “Este é meu último Parapan e em 2016 vou disputar a última paralímpiada. Se o treinamento até agora foi leve em função do retorno da doença, agora vai ser pesado. Vou treinar como treinei para Sydney”, brinca.

Parapan: mais 14 medalhas na conta da natação, com três dobradinhas no pódio

Edênia Garcia vibra com a medalha de ouro e o recorde

A natação brasileira seguiu a rotina de vitórias e pódios nesta quarta-feira, no Parapan de Toronto. Ao todo, os representantes do país conquistaram 14 medalhas na piscina do Aquatics Centre: cinco de ouro, seis de prata e três de bronze.

No quadro geral da modalidade, o Brasil lidera com 68 medalhas, com 24 ouros, 20 pratas e 24 bronzes. O Canadá aparece logo atrás, com 66 medalhas, 18 delas de ouro. Os destaques do dia foram três dobradinhas brasileiras e a escalada de Edênia Garcia no ranking mundial.

Edênia foi a campeã nos 50m costas S4, prova que é sua especialidade. A nadadora fechou a distância em 53s73 para pegar a medalha de ouro em uma disputa acirrada até os últimos centímetros com a mexicana Nely Miranda. A nadadora comemorou a vitória e a volta à terceira posição do ranking mundial da prova.

“Ela veio forte na eliminatória e eu já estava com o pensamento de que teria que nadar para o meu melhor tempo e nadei muito. O recorde Parapan-Americano ainda é meu [51s51] e com esse tempo de hoje eu volto a ser a terceira melhor do mundo. Isso é muito bom”, celebrou Edênia.

Pouco depois da vitória de Edênia, os brasileiros comemoraram três dobradinhas. Na primeira, Daniel Dias liderou os 50m livre S5 para ficar com o ouro. Logo atrás dele chegou Clodoaldo Silva, que ficou com a prata. Na mesma prova, entre as mulheres, o Brasil ocupou os dois postos mais altos do pódio, com Joana Neves em primeiro e Esthefany Rodrigues em segundo.

A terceira dobradinha do dia saiu na classe SM9, nos 200m medley. Ruiter Silva e Lucas Mozela dominaram a prova para fechar a distância colocando o Brasil novamente em evidência nos dois primeiros lugares. Ruiter foi o mais rápido e ficou com o ouro, e Lucas ficou com a prata. Outro atleta acostumado ao ponto mais alto do pódio que levou medalha foi Andre Brasil. O multicampeão venceu os 200m medley SM10 em prova emocionante contra o canadense Benoit Huot, que contou com a ajuda da animada torcida local, mas não conseguiu ultrapassar Andre.

Tênis de mesa bate recorde de medalhas em Parapans

Foto:Leandra Benjamin-CPB
Equipe brasileira da Classe 5 comemora o ouro

A quarta-feira, 12, foi mais um dia de bons resultados para o tênis de mesa brasileiro no Parapan-Americano de Toronto. Foram três medalhas conquistadas no Atos Markham Centre, que fizeram o Brasil bater o próprio recorde de pódios em uma edição de Jogos: 27 no total.

Este número subirá para 31 nesta quinta, já que quatro tenistas vão disputar finais, e cada um tem ao menos a prata garantida. A marca supera o desempenho de 2003, em Mar del Plata, Argentina.

Pela Classe 1/2, Iranildo Espíndola, Ronaldo Souza e Guilherme Costa, ouro, prata e bronze individuais na 2, começaram a vitoriosa campanha na terça, 11, batendo as equipes de Argentina e Estados Unidos por 2 jogos a 0. Nesta quarta, diante de Cuba, confirmaram o título com vitória de 2 a 0.

“O título por equipes pra mim é o mais agregador, porque, apesar do tênis de mesa ser um esporte individual, no dia a dia, o que faz a melhora dos jogos de cada um é o time”, ressaltou Ronaldo.

Na Classe 5 masculina, Claudiomiro Segatto, Ezequiel Babes e Ivanildo Freitas venceram a Colômbia e os Estados Unidos por 2 a 0. Na decisão contra a Argentina, os brasileiros se saíram bem e repetiram o placar dos triunfos anteriores e garantiram o título.“Ganhar é muito bom. Contra argentino, tem um sabor a mais (risos). Todos jogaram muito concentrados para conseguir esse ouro”, disse.

Nesta quinta-feira (13), a partir das 11h, horário de Brasília, último dia de competições do Tênis de Mesa nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, o Brasil brigará por mais quatro medalhas de ouro. As vagas nas finais foram garantidas nesta tarde, nas categorias: Classes por equipes masculina 3/4, 6/8 e 9/10, e Classe por equipes feminina 4/5.

Brasil conquista 18 medalhas e lidera quadro de medalhas do Parapan

Foto:Daniel Zappe/MPIX/CPB
Maria Rizonaide abriu o dia de pódios no Parapan-2015

O primeiro dia de competição dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto foi recheado de medalhas para a delegação brasileira. Ao todo foram 18 conquistas com sete de ouro, sete de prata e quatro de bronze, liderando assim o quadro de medalhas. Neste sábado, os feitos vieram no ciclismo, no halterofilismo, na bocha e na natação.

O dia começou com Lauro Chaman faturando a medalha de ouro na prova de estrada do ciclismo. Ele liderou os 80km da prova e venceu na classe C4/C5 com o tempo de 1h08m07. Este é o primeiro Parapan de Lauro, que nasceu com o pé direito virado para trás, perdeu movimentação do tornozelo e teve atrofia na panturrilha.

“Estou muito feliz. Às vezes, nós sonhamos com este momento, mas ficamos sem palavras quando de fato acontece. Preparei-me durante o ano todo para vencer aqui. Essa medalha é um sonho realizado”, disse.

Na mesma prova, o catarinense Soelito Gohr terminou em sétimo, com 2h06m29. Na disputa mista de deficientes visuais, as duplas Luciano da Rosa e Edson Rezende (guia) e Márcia Fanhani e Mariane Ferreira(guia) percorreram os 80km em 2h09m38 e 2h23m09, respectivamente, em quarto e sétimo lugares. Na handbike mista, classes H2/H3/H4, Jady Malavazzy foi quarta. Ela completou os 32km em 1h14m11.

                            Veja aqui as fotos do primeiro dia do Parapan de Toronto.

Em seguida, no halterofilismo, Maria Rizonaide foi campeã parapan-americana na categoria até 50kg, ao levantar 73kg. Já na categoria até 54kg, Luciano Dantas ficou com o bronze com 154,60kg. “Esta medalha é em homenagem a meu pai, que me apoiava muito, me dava força e pediu para que eu seguisse a carreira quando pensei em desistir”, disse a potiguar, que nasceu com nanismo.​

Bocha teve três medalhas – Na bocha, os brasileiros Eliseu dos Santos, Marcelo dos Santos e Dirceu Pinto ficaram com o ouro. Na categoria pares BC4, eles derrotaram o Canadá no trie-break pelo placar de 1 x 0, enquanto que no tempo normal houve empate em 3 x 3. O bronze foi para a Argentina.

Na categoria BC1/BC2 por equipes José Carlos Chagas, Guilherme Germano Moraes, Maciel Santos e Lucas Ferreira ficaram com o ouro. Mesmo perdendo para o Canadá no trie-break por 03 x 00, os brasileiros ficaram na frente e conseguiram o resultado. No tempo normal, houve empate em 05 x 05. Nos pares BC3, Antônio Leme, Daniele Martins e Richardson Santos ficaram com o bronze. Eles perderam para o Canadá no trie-break por 01 x 00, após empatarem no tempo normal em 05 x 05.

Natação brilha com 12 medalhas. Para fechar o dia, a festa foi na piscina com a natacao brasileira conquistando 12 medalhas, sendo três de ouro, sete de prata e duas de bronze. Daniel Dias foi responsável por um dos ouros ao vencer os 100m livre, classe S5. Foi a vigésima medalha dourada de Daniel em Parapan-Americanos – ele já havia vencido oito ouros no Rio-2007 e mais 11 em Guadalajara-2011.

“Estou muito feliz por esse bom começo que tive. Espero aumentar minha coleção. Agora, vou descansar para nadar as sete provas que ainda faltam”, disse Daniel, logo após a conquista. Além dele, Felipe Caltran foi campeão dos 200m livre, classe S14. Foi o primeiro título internacional do nadador de 18 anos. Joana Neves completou a trinca de medalhas de ouro do Brasil, com o título dos 100m livre feminino, classe S5.

Ronystony Cordeiro ficou com a prata em duas pratas: 100m livre (S1-4) e 50m livre (S4). Edênia Garcia também conquistou dois vice-campeonatos, nas mesmas provas, nas versões femininas. Clodoaldo Silva (100m livre, S5), Talisson Glock (400m livre, S6) e Estephany Oliveira (100m livre, S5) completaram a lista dos segundos-lugares. Por fim, Italo Gomes ficou com a terceira posição dos 400m livre, classe S7. Mesma colocação de Guilherme Batista, da classe SM13, nos 200m medley. Neste domingo, 9, segundo dia de competições, serão 16 brasileiros da natação na disputa de medalha.

Com delegação recorde, Brasil inicia disputa dos Jogos Parapan-Americanos 2015

Delegação brasileira é uma das maiores no Parapan-2015

Agora é para valer: os Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015 tiveram início na noite desta sexta-feira, 7. A Cerimônia de Abertura ocorreu no CIBC Athletics Stadium, em York, Canadá.

Entre fogos de artifício, música local e até a passagem de um avião da força aérea canadense sobre o estádio, destacou-se a maior delegação do evento: os 272 atletas e 19 apoiadores do time nacional fizeram o desfile das delegações e e deram a largada para a campanha do Brasil.

Vale ressaltar que o país tenta manter a hegemonia na competição continental, uma vez que liderou o quadro de medalhas do Parapan no Rio, em 2007, e também em Guadalajara, em 2011.

Veja aqui a galeria de fotos da Cerimônia de Abertura do Parapan

“Foi uma cerimônia incrível, com os traços que marcarão estes Jogos Parapan-Americanos em Toronto. Ver a delegação brasileira como a maior a entrar no estádio é um motivo de orgulho enorme para nós”, disse Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).

“Agora é torcer para que honremos a nossa meta de ficar em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, fazendo o hino nacional tocar todos os dia”, completou.

Terezinha Guilhermina foi a porta-bandeira

O Parapan de 2015 é o maior de todos os tempos. Serão cerca de 1.600 atletas de 28 países. Todos os 15 esportes disputados em Toronto serão classificatórios para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. As duas competições no continente são motivo de orgulho para o presidente da Comitê Paralímpico das Américas (APC, em inglês), José Luis Ocampo.

“A Cerimônia de Abertura desta noite será como o tiro inicial para o momento mais importante da história do Movimento Paralímpico nas Américas. Nos próximos 14 meses, Toronto 2015 e o Rio 2016 farão as pessoas repensarem os seus conceitos”, discursou o mandatário da APC. Em seguida, Jose Luis Ocampo passou a palavra para o governador-geral do Canadá, David Johnston, que declarou os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, enfim, abertos.

De técnico novo, futebol de sete mira um "duplo ouro" no Parapan

 Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB
Paulo Cabral orienta jogadores no treino para o Parapan

Uma estrutura profissional de treinamento aliada a uma confiança plena nos conceitos táticos do técnico Paulo Cabral, que assumiu o time há menos de dois meses. É com essa receita que atletas da Seleção Brasileira de Futebol de Sete assumem o favoritismo ao ouro no Parapan de Toronto e miram o topo do pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

“A preparação que vem sendo feita é super digna, proveitosa. Antigamente éramos amadores. Agora temos mais profissionalismo, mais rendimento”, afirma Wanderson Silva. Meio-campista canhoto de grande habilidade, eleito o melhor do mundo duas vezes, ele cita as viagens de intercâmbio e preparação, as avaliações médicas individualizadas e as análises de risco de contusões como fatores que levaram a modalidade a um novo patamar.

De acordo com atletas brasileiros, a campanha recente no Mundial de Futebol de Sete, disputado na Inglaterra, em junho, já é retrato disso. Segundo Wanderson, o controle prévio de lesões ajudou contribuiu para que, pela primeira vez, nenhum atleta tivesse problemas musculares durante o torneio. Em campo, foram 31 gols marcados e dois sofridos em seis partidas, média superior a cinco por jogo. O problema é que os dois sofridos foram na semifinal, diante da Ucrânia. O duelo terminou em 2 x 1 para os europeus, resultado que tirou o país da decisão.

“Agora o que falta para nós é só uma questão da tranquilidade na hora certa, da frieza. Naquele jogo eles fizeram 1 x 0, empatamos e eles acharam um gol no finzinho. Jogamos mais e perdemos, mas estamos certamente no caminho certo”, previu Jan Francisco, outro meia canhoto de destaque na equipe nacional.

Antes disso, eles precisam confirmar o favoritismo no Canadá. No Parapan, a chave do torneio que tem início no dia 8 de agosto reúne cinco equipes. Todas jogam entre si. As duas melhores decidem o ouro em 15 de agosto, no campo erguido na Universidade de Toronto.