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Bom desempenho em Toronto e nova geração apontam sucesso no Rio-2016

Andrew Parsons acredita em boa campanha

O Brasil encerrou neste sábado, sua participação nos Jogos Parapan-americanos de Toronto com a melhor campanha da história. O time nacional conquistou 257 medalhas, sendo 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze, o maior número absoluto e maior número de ouros.

“Mais do que a vitória, esses números mostram um crescimento consistente de 15 modalidades disputadas, o Brasil terminou em primeiro em 10”, destaca o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons. “Além disso, é possível notar um processo de renovação: em Guadalajara 19% das medalhas foram conquistadas por atletas abaixo dos 23 anos. Em Toronto foram 21,9%. Temos mais atletas jovens e conquistando mais medalhas”, enfatiza Parsons.

A equipe brasileira venceu 34,38% das provas disputadas – nos últimos Jogos havia sido 29,24%. Ou seja, uma a cada três medalhas de ouro da competição foram para o Brasil.“Podemos notar uma evolução clara do Brasil. 78% dos nossos atletas conquistaram pelo menos uma medalha”, ressalta o Diretor Técnico do CPB, Edilson Alves Tubiba. “Esse resultado mostra que o nosso planejamento está no caminho certo. Todos os países cresceram. O Brasil, além de se consolidar como uma potência, ainda está brigando com esse crescimento dos adversários”, argumenta.

Em oito dias de competições, 1608 atletas de 28 países disputaram 15 modalidades em Toronto. Eles derrubaram 239 recordes da competição, 70 recordes das Américas e 10 recordes mundiais. A delegação brasileira em Toronto contou com 271 atletas, 23 acompanhantes de atletas (atleta-guia, calheiro, goleiro e piloto) e 159 profissionais técnicos, administrativos e de saúde.

“É uma campanha que nos deixa extremamente otimistas. É claro que a Paralimpíadas é uma competição diferente, mas entramos nesse último ano de preparação sabendo que podemos chegar à nossa meta, que é o quinto lugar no Rio”, explica Parsons. “Cumprimos aqui a terceira das nossas quatro metas do planejamento que fizemos em 2009. A primeira foi sermos campeões em Guadalajara 2011, a segunda o sétimo lugar em Londres 2012 e agora a vitória em Toronto”, explicou.

Para o diretor técnico o segredo do sucesso brasileiro é que o país trabalha individualmente com cada modalidade e tem um foco de desenvolvimento regional. “Nos preocupamos antes em ser os melhores das Américas para depois brigar mundialmente”, explica.

Além disso, os grandes resultados acabam por cativar novos adeptos, explica Parsons: “Campanhas como essa aqui vai estimular mais gente a entrar no esporte paralímpico e assim vamos ampliando a nossa base de atletas”.

Com gritos de ‘tricampeão’, Brasil se despede dos Jogos Parapan-Americanos

Parapan-2015 se despede após campanha histórica do Brasil

Após liderar pela terceira vez consecutiva o quadro de medalhas de uma edição de Jogos Parapan-Americanos, a delegação brasileira despediu-se de Toronto na Cerimônia de Encerramento dos Jogos.
A festa foi realizada na Praça Nathan Philips, em frente à sede da Prefeitura local. Os gritos de “tricampeão” da delegação nacional puderam ser ouvidos desde a concentração dos atletas.

O Brasil encerrou esta edição do Parapan com um recorde de 257 medalhas: 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze. Desempenho que satisfez atletas e comissão técnica do país.

“O Parapan foi aberto com chave de ouro e também foi fechado com esta cerimônia de ouro. Linda festa e sou muito agradecida pelos dias que passei aqui”, disse Terezinha Guilhermina, que venceu três medalhas de ouro na competição.

Jose Luis Campo, presidente do Comitê Paralímpico das Américas, celebrou o sucesso dos Jogos. “Gostaria de agradecer aos 28 países que competiram, assim como confederações internacionais, por estarem desenvolvendo estes atletas superhumanos. Eles nos inspiraram e nos animaram. Estou certo de que os atletas de nosso continente ganharão muitas medalhas no Rio 2016″, disse.

Em seguida, ele fez uma citação a Jefinho, brasileiro e um dos melhores jogadores do mundo de futebol de 5. “Quando você vê o esporte paralímpico, você não vê a deficiência. Você vê talento puro”, citou Campo, em referência a uma frase dita pelo jogador em entrevista coletiva. Por fim, houve a execução do hino nacional peruano. A capital do país, Lima, será sede dos Jogos Parapan-Americanos de 2019.

Vitória no futebol de 7 encerra as conquistas brasileiras no Parapan

Futebol de 7 comemora o último ouro do Brasil no Parapan

Depois da vitória brasileira no futebol de 5, os campos da Universidade de Toronto receberam mais uma final entre Brasil e Argentina, desta vez no futebol de 7, para paralisados cerebrais. Em uma partida repleta de faltas, cartões amarelos e até uma expulsão, os brasileiros mantiveram a superioridade mostrada ao longo do Parapan, marcaram 3 x 1 e ficaram com o ouro.

Bronze no Mundial da Inglaterra neste ano, o Brasil começou abrindo o placar aos 11 minutos de jogo, quando o camisa 10, Wanderson Silva, driblou a zaga argentina e deixou Evandro Oliveira na cara do gol. “É o meu primeiro Parapan, então é especial receber essa medalha de ouro”, comentou Wanderson após a vitória. O jogador já foi duas vezes eleito o melhor do mundo.

A alegria inicial dos brasileiros chegou a ser ameaçada. Três minutos depois do primeiro gol, o argentino Matias Bassi empatou para os adversários, furando, pela primeira vez em Toronto, a defesa brasileira. “A gente vem trabalhando para não levar nenhum, mas tem que colocar a cabeça no lugar porque o objetivo era a medalha”, analisou o goleiro Marcos dos Santos. Antes da decisão, o Brasil havia marcado 28 gols e não sofrido nenhum. “Isso é fruto de muito empenho. Fizemos um bom trabalho para chegar aqui”, acrescentou Marcão.

A equipe do técnico Paulo Cabral ainda teve grandes chances no primeiro tempo: foram 14 chutes a gol no período, enquanto os argentinos marcaram na única oportunidade que tiveram. Depois de um lance de Jan Brito que pegou no travessão rival, aos 28 minutos, o primeiro tempo ficou empatado em 1 x 1.

No retorno do intervalo, os argentinos ficaram mais agressivos, marcando sucessivas faltas em cima dos brasileiros. Autor do gol rival, Matias Bassi, que já tinha um cartão amarelo do primeiro período, acabou expulso aos oito minutos. Cinco minutos depois, José Carlos Guimarães conseguiu o desempate: 2 x 1 para o Brasil. O time ainda teve outras boas oportunidades, mas a Argentina contou com a forte defesa do goleiro Claudio Figuera. O último gol do Brasil saiu aos 23 minutos, com Maycon Ferreira, para selar a vitória e o título.

“Agora vamos focar nos Jogos do Rio porque também queremos o ouro lá. Teremos equipes mais fortes, como Rússia e Ucrânia, que são potências mundiais”, adiantou José Carlos, mais conhecido pelos companheiros como Zeca, que pretende pendurar as chuteiras depois das Paralimpíadas, aos 38 anos.

Goalball ganha dois ouros e Brasil aumenta hegemonia nos coletivos

Goalball masculino conquistou o bicampeonato no Parapan

O Brasil fechou o último dia de competições no Parapan de Toronto confirmando a supremacia em algumas modalidades coletivas e crescendo em outras.

Neste sábado, foi a vez de o goalball masculino conquistar o bicampeonato continental ao derrotar os EUA por 10 x 4. No feminino, as brasileiras venceram as americanas por 7 x 6 ontem e levaram o ouro inédito. Em Toronto, o país ainda levou o tri no futebol de 5 e no vôlei sentado masculino, além do bi no futebol de 7.

O topo do pódio no goalball um gosto especial para Leomon Moreno, que deu a volta por cima em Toronto, após ser cortado da lista de pré-convocados de Guadalajara. “Para mim é muito gostoso esse sentimento. Agora consegui a vaga e tivemos boa desenvoltura no campeonato. Ganhamos todas as partidas e o sentimento é de felicidade”, comemora o ala brasileiro.

A modalidade dá um exemplo de como a inovação pode melhorar o desempenho de uma equipe. Altemir Trapp assiste às partidas da arquibancada, local onde abre dois computadores para captar as informações do jogo. O celular está sempre a postos para que os dados sejam transmitidos em tempo real para o técnico Alessandro Tosim no banco de reservas. O sistema foi todo desenvolvido pela comissão técnica e é 100% nacional.

“Realizo a parte de análise e desempenho. Forneço os dados simultaneamente para a comissão técnica, que transmite para os atletas as ações que eles têm que realizar durante a partida, os locais que podemos explorar no campo adversário e quais as nossas dificuldades na defesa”, explica Trapp, que também faz a captação de vídeo dos confrontos. Tudo está armazenado em um banco de dados.

Outros esportes coletivos. Duas modalidades estrearam na 5ª edição dos Jogos Para-Pamericanos: o vôlei sentado feminino e o rúgbi em cadeira de rodas. Entre as mulheres, o Brasil ficou com a prata ao perder a decisão por 3 a 0 para os EUA, enquanto no rúgbi, esporte misto, a equipe ficou em quarto, ao ser derrotada pela Colômbia por 50 x 48.

A outra medalha nos esportes coletivos veio com o basquete feminino em cadeira de rodas, que venceu a Argentina na briga pelo bronze por 49 x 19. Além do goalball masculino, o Brasil disputou mais duas medalhas neste sábado. No futebol de 7, a vitória por 3 x 1 sobre a Argentina rendeu o primeiro lugar. No basquete em cadeira de rodas masculino a equipe perdeu por 72 x 47 para os argentinos e terminou na quarta posição.

“Da forma que trabalhamos e viemos treinamos, nossa expectativa era de sair daqui com o ouro. Mas pecamos muito no jogo contra o Canadá (semifinal) e não soubemos recuperar a força para manter a concentração. Hoje, contra a Argentina, falhamos principalmente na finalização”, avalia o técnico do basquete em cadeira de rodas masculino Antônio Magalhães. “Faz parte do jogo, mas temos a chance de jogar dentro do nosso país e reverter isso. Vamos trabalhar muito para garantir a medalha em 2016”, finaliza.

Veja o quadro de medalhas dos Jogos Parapan-americanos

Em despedida de Clodoaldo, Brasil encerra Natação do Parapan com primeiro lugar

Clodoaldo posa ao lado de Daniel Dias

A natação Brasil encerrou a participação nos Jogos Parapan-americanos de Toronto com a melhor campanha na modalidade. Os brasileiros dominaram as provas desde o início e levam para casa 104 medalhas, sendo 38 ouros, 29 pratas e 37 bronzes.

Em 2007, nos Jogos do Rio, a natação nacional fechou com 108 medalhas contra 87 dos canadenses, mas perdeu em número de ouros. Foram 41 para eles e 39 para nós. Em 2011, nos Jogos de Guadalajara, menos medalhas no quadro geral, mas o topo do pódio foi garantido com 85 medalhas.

Último dia de competições para os nadadores, a sexta-feira foi marcada por um pódio 100% Brasil e três dobradinhas. Ao fim do dia, o país conquistou oito ouros, cinco pratas e três bronzes, além de clima de despedida do multimedalhista Clodoaldo Silva que, aos 36 anos, ganhou a prata nos 200m livre S5, ao lado do ouro de Daniel Dias.

“Esta é a minha quinta participação em Parapan-americanos e esta é a quinta edição do evento. Eu vi os Jogos nascerem em 1999, quando eles não aconteciam em conjunto com o Pan. Tivemos a honra de ver isso no Brasil em 2007. Pude acompanhar a evolução das Américas e principalmente do Brasil. É algo que me deixa feliz e emocionado”, disse Clodoaldo, que garantiu, hoje, a 101a medalha da natação brasileira destes Jogos.

Se esta foi a última participação do nadador em Parapan-americanos, o próximo ano será marcado por sua aposentadoria nas piscinas, quando encerrarem os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Aqui, no Parapan, acabou para mim como atleta. Todo ciclo tem um fim e eu já fiz muito dentro do esporte. Quero e tenho novos objetivos e novas metas para depois dos Jogos Paralímpicos de 2016. Acredito que vou virar companheiro de vocês, jornalistas. Hoje eu dei braçadas longas. Era um momento que eu queria que passasse lentamente para que eu pudesse aproveitar”, encerrou.

O último dia de provas da natação em Toronto foi fechado com revanche sobre o Canadá. Eles ganharam no Rio, em 2007, mas o Brasil ganhou em Toronto, neste ano. Das 104 medalhas brasileiras, 38 foram de ouro, enquanto os donos da casa encerraram com 93, sendo 24 douradas.

“Foi uma participação excelente. Viemos de uma sequência de competições com as preparatórias para o Mundial e depois o próprio Mundial (de Glasgow). Antes de vir, a preocupação era com o desgaste dos atletas, mas eles nadaram os melhores ou muito próximo dos melhores tempos”, disse Leonardo Tomasello, técnico-chefe da natação brasileira.

Para Daniel Dias, o evento não foi somente uma mostra do que o Brasil pode apresentar em 2016, mas também um teste para detectar erros e melhorar a preparação. “Acredito que os Jogos (Rio 2016) em casa é uma inspiração para todos os atletas que estão aqui, pois este é um grande teste para avaliarmos nosso trabalho e ver o que precisa ser acertado para chegarmos melhor em 2016. Superar Guadalajara mostra o crescimento que o esporte paraolímpico está tendo e que vamos chegar muito forte no próximo ano”, disse o atleta, que garantiu a 100a medalha da natação brasileira neste Parapan.

“A nossa meta era ajudar o país no quadro geral, lembrando que temos o Canadá como principal adversário, tanto no geral quanto na modalidade. Sem dúvida esta foi a nossa melhor campanha em Jogos Parapan-americanos. Superou as expectativas iniciais”, concluiu Leonardo Tomasello.

Delegação brasileira bate recordes de ouros e do total de medalhas

O Brasil​ ​bateu todos os recordes no Jogos-Parapan-Americanos de Toronto. A um dia do fim das competições, os atletas brasileiros chegaram a marca de 255 medalhas, sendo 107 de ouro, 74 de prata e também 74 de bronze. Neste sábado, o país ainda disputa medalhas no basquete (bronze), no goalball (ouro) e no futebol de sete (ouro). No México, em 1999, foram 91 ouros e, no Rio, em 2007, o maior número no total, 221 medalhas.

Delegação brasileira: recorde de ouros e medalhas no Parapan de Toronto

​As marcas foram quebradas justamente nos esportes que mais medalhas deram ao Brasil na história dos Parapans e também em Toronto. O ouro de número 92 veio com ​Mateus Evangelista, nos 200m rasos T37 do Atletismo. O velocista venceu com 22s08. Já o número total geral de medalhas foi superado com um emblemático pódio triplo na natação. As medalhas 229, 230 e 231 foram conquistadas por Vanilton Nascimento, Ruiter Silva e Matheus da Silva, ouro, prata e bronze, respectivamente, dos 100m livre, classe S9.

Tênis em cadeira de rodas. O Brasil encerrou a participação no tênis em cadeira nesta sexta com um ouro e um bronze nas disputas individuais. Natalia Mayara venceu a americana Kaitlyn Verfuerth por 2 sets a 0: 7-6 e 6-2.

Ao fim da partida, além de celebrar a vitória, ela comemorou, também, a escolha da direção técnica do Brasil, que a nomeou porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Encerramento dos Jogos. Na disputa pelo bronze no torneio masculino, Daniel Rodrigues superou o colombiano Eliecer Oquendo com tranquilidade e fez 2 sets a 0 (6-0 e 6-1). “Ganhar o primeiro set foi a chave”, explicou a brasileira. “A vida inteira me preparei para um momento como este. É muito bom saber que tudo que a gente faz fora daqui está sendo recompensado”.

Natália ainda se emocionou por ter sido escolhida a porta-bandeiras do Brasil no encerramento dos Jogos. “Nunca esperei isso. Quando a Terezinha Guilhermina foi a escolhida para carregar a bandeira na abertura, fiquei pensando: um dia eu vou conseguir. Um dia eu vou ser importante para isso”, disse a tenista, que havia vencido também a disputa em duplas feminina.

Judô. No último dia da modalidade, o Brasil garantiu mais quatro medalhas. Foram duas de prata, conquistadas por Wilians Araújo e Alana Maldonado, e dois bronzes, por Antônio Tenório e Arthur Silva. Com os resultados, o país encerrou a participação na modalidade com sete judocas no pódio.

Na divisão dos meio-pesados, o brasileiro Arthur Silva venceu o americano Benjamin Goodrich e ficou com o bronze. Competindo em nova categoria, até 90kg, Antônio Tenório, tetracampeão paralímpico, venceu o venezuelano Hector Espinoza na disputa do terceiro lugar. Além das quatro medalhas desta sexta, o Brasil teve os ouros de Michele Ferreira e Abner Nascimento e o bronze de Harlley Arruda.

Com ouro no masculino e prata ​no feminino, ​Brasil domina o vôlei sentado

Seleção Masculina comemora o ouro no Parapan-2015

As seleções brasileiras de vôlei sentado conquistaram duas medalhas históricas no Parapan de Toronto. No masculino, o país confirmou seu favoritismo e se sagrou tricampeão da competição.

Já na estreia do vôlei feminino em Jogos Parapan-americanos, a equipe brasileira conquistou a prata. Ambos enfrentaram os Estados Unidos na final.

O time masculino do Brasil não teve dificuldades para vencer os americanos na final do Parapan de Toronto e garantir seu terceiro ouro seguido na história da competição. A equipe brasileira, que já havia vencido por 3×1 na fase de grupos, fez 3×0(25×19, 25×17 e 25×14) na final.

“A gente veio do Brasil buscar o que era nosso, a medalha de ouro. O objetivo era não perder nenhum set, a gente perdeu um para os EUA(na primeira fase) só que hoje na final a gente mostrou para eles porque que a gente foi o segundo melhor time do mundo no M​undial do ano passado e atualmente é o melhor time de voleibol sentado no mundo”, d​isse o atacante Anderson.

Já para Giba, que esteve presente nas três vezes que o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio, a vitória da seleção só confirma o nível alto que o grupo atingiu. “Missão cumprida. A gente tem é que comemorar. Passa um filme na cabeça. Em 2007 Brasil não era favorito, escutamos um monte de coisa que só deixaram a gente mais forte dentro do Brasil… Cada conquista é um gosto diferente. E foi esse lindo jogo, 3×0, para não ter dúvidas do trabalho que estamos fazendo. Estamos num caminho muito forte.”

Mulheres estre​iam com prata. Na estreia do vôlei sentado feminino em Jogos Parapan-A​mericanos, as brasileiras chegaram à final e conquistaram a prata. As meninas do Brasil foram superadas pela equipe dos EUA por 3×0 (25×20, 25×22, 25×16). “A gente deu um trabalho legal, mas nossa expectativa era de ter ido melhor, de ter brigado pelo menos por um set. Chegamos bem perto, mas infelizmente não foi dessa vez”, avaliou a atacante Suelen Lima.

O time brasileiro já havia perdido para as americanas na primeira fase da competição, por 3×1. “A gente está feliz de todo jeito com a prata. Acho que é uma grande conquista. Agora é treinar cada vez mais para subir no pódio em 2016”, afirmou Suelen.

Atletismo brasileiro encerra sua participação no Parapan com 80 medalhas

Foto:Daniel Zappe/MPIX/CPB
Equipe brasileira subiu 80 vezes ao pódio no Parapan-2015

Com mais 18 medalhas, o atletismo paralímpico brasileiro encerrou nesta sexta-feira, 14, a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Ao todo, foram 80 pódios conquistados: 34 de ouro, 28 de prata e outras 18 de bronze.

O último dia de competições teve show dos velocistas brasileiros. Terezinha Guilhermina (200m e 400m-T11), Alan Fonteles (200m-T44), Mateus Evangelista (200m-T37), Petrúcio Ferreira (200m-T47) e Verônica Hipólito, além do revezamento 4×100 T11-13 subiram ao lugar mais alto do pódio. Completaram a lista os fundistas Odair Santos (1.500m-T11) e Yeltsin Jacques (1.500m-T12)

“Estou treinando e me sentindo muito bem. Os 200m são a minha prova favorita, a que eu mais gosto. Era para vir para abaixo de 22s, mas pude levar a medalha ao meu país. É a minha primeira medalha em Parapan, que eu tentava há muito tempo. Agradeço a todos que acreditaram em mim e aos que torceram por mim”, disse Alan.

“Pode esperar que vou brigar para defender meu título dos 200m na Paralimpíada e vou brigar nas provas de 100m e 400m até o último metro para ficar com esta medalha em meu país”, completou o velocista.

O foco dos atletas brasileiros nesta temporada agora se volta para o Mundial Paralímpico de Atletismo, que ocorrerá em Doha, Catar, entre os dias 19 e 29 de outubro. Antes disso, haverá ainda a segunda nacional do Circuito Caixa Loterias de Atletismo e Natação, nos dias 12 e 13 de setembro.
Confira abaixo a lista dos medalhistas brasileiros nesta sexta-feira, no atletismo

OUROS
Terezinha Guilhermina – 200m rasos – T11
Alan Fonteles – 200m rasos – T44
Mateus Evangelista – 200m rasos – T37
Petrúcio Ferreira – 200m rasos – T47
Odair dos Santos – 1.500m – T11
Yeltsin Jacques – 1.500m – T12
Verônica Hipólito – 400m rasos – T38
Terezinha Guilhermina – 400m rasos – T11
Revezamento 4x100m (Lucas Prado, Felipe Gomes, Gustavo Araújo e Diogo Jerônimo) – T11-13
PRATAS
Tascitha Oliveira – 100m rasos – T36
Thalita Simplício – 200m rasos – T11
Alice Corrêa – 200m rasos – T12
Yohansson Nascimento – 200m rasos – T47
Thalita Simplício – 400m rasos – T11
Parré – 400m rasos – T53
BRONZES
Paulo Pereira – 200m rasos – T37
Raissa Machado – lançamento de dardo – F55/56
Jerusa Gerber – 400m rasos – T11

Tenista Natália Mayara se emociona com ouro e anúncio de que será porta-bandeira

Natália Mayara irá levar a bandeira do Brasil no encerramento

Ela entrou para as disputas do tênis em cadeira de rodas nos Jogos Parapan-Americanos como a quarta favorita, mas vai voltar de Toronto para Brasília com duas medalhas de ouro na bagagem. Emoção comparável somente à de ser anunciada como porta-bandeira da delegação nacional na cerimônia de encerramento do evento neste sábado. Natália Mayara teve dois dias intensos, cansativos, mas recompensadores.

Na quinta-feira, a brasileira venceu a final de duplas ao lado de Rejane Silva, por 2 a 1 sobre as colombianas Johana Martinez e Angelica Bernal. Nesta sexta-feira, ganhou a final individual da americana Kaitlyn Verfuerth, cabeça de chave número um do torneio, por 2 a 0, com parciais de 7/6 e 6/2. E enquanto comemorava, recebeu a notícia: “A gente queria aproveitar para dizer que você é a nossa porta-bandeira na cerimônia de encerramento”, comunicou Edilson Alves, chefe de missão do Brasil e coordenador técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Motivo para Natália se emocionar novamente. “Nunca imaginei. Juro que pensei no começo, quando a Terezinha Guilhermina (corredora) tinha sido escolhida para ser a porta-bandeira da abertura: ‘Poxa, um dia eu vou conseguir, vou ser importante para isso’. E eu consegui”. Recompensa pelo esforço feito entre a última edição do Parapan, em Guadalajara, até a decisão no Canadá: “Há quatro anos saí chorando de tristeza, porque perdi para a norte-americana nas quartas de final. Trabalhei duro e hoje volto com dois ouros”, disse.

No masculino, enquanto Natália travava a batalha pelo ouro, o brasileiro Daniel Rodrigues buscava o bronze na quadra ao lado. Com mais facilidade, ele venceu o colombiano Eliecer Oquendo por 2 a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, enquanto a compatriota ainda estava fechando o primeiro set. O tenista havia conquistado, no dia anterior, a prata nas duplas no masculino ao lado de Carlos Alberto Chaves.

“Eu estava focado nisso, dormi pensando nessa medalha. Não podia deixar escapar de jeito nenhum. É muito importante voltar com duas medalhas. É meu segundo Parapan. Na edição passada só pude disputar no individual e não passei da primeira rodada”, conta o tenista, que mudou o panorama da carreira de Guadalajara para Toronto, a exemplo de Natália.