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Em despedida de Clodoaldo, Brasil encerra Natação do Parapan com primeiro lugar

Clodoaldo posa ao lado de Daniel Dias

A natação Brasil encerrou a participação nos Jogos Parapan-americanos de Toronto com a melhor campanha na modalidade. Os brasileiros dominaram as provas desde o início e levam para casa 104 medalhas, sendo 38 ouros, 29 pratas e 37 bronzes.

Em 2007, nos Jogos do Rio, a natação nacional fechou com 108 medalhas contra 87 dos canadenses, mas perdeu em número de ouros. Foram 41 para eles e 39 para nós. Em 2011, nos Jogos de Guadalajara, menos medalhas no quadro geral, mas o topo do pódio foi garantido com 85 medalhas.

Último dia de competições para os nadadores, a sexta-feira foi marcada por um pódio 100% Brasil e três dobradinhas. Ao fim do dia, o país conquistou oito ouros, cinco pratas e três bronzes, além de clima de despedida do multimedalhista Clodoaldo Silva que, aos 36 anos, ganhou a prata nos 200m livre S5, ao lado do ouro de Daniel Dias.

“Esta é a minha quinta participação em Parapan-americanos e esta é a quinta edição do evento. Eu vi os Jogos nascerem em 1999, quando eles não aconteciam em conjunto com o Pan. Tivemos a honra de ver isso no Brasil em 2007. Pude acompanhar a evolução das Américas e principalmente do Brasil. É algo que me deixa feliz e emocionado”, disse Clodoaldo, que garantiu, hoje, a 101a medalha da natação brasileira destes Jogos.

Se esta foi a última participação do nadador em Parapan-americanos, o próximo ano será marcado por sua aposentadoria nas piscinas, quando encerrarem os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Aqui, no Parapan, acabou para mim como atleta. Todo ciclo tem um fim e eu já fiz muito dentro do esporte. Quero e tenho novos objetivos e novas metas para depois dos Jogos Paralímpicos de 2016. Acredito que vou virar companheiro de vocês, jornalistas. Hoje eu dei braçadas longas. Era um momento que eu queria que passasse lentamente para que eu pudesse aproveitar”, encerrou.

O último dia de provas da natação em Toronto foi fechado com revanche sobre o Canadá. Eles ganharam no Rio, em 2007, mas o Brasil ganhou em Toronto, neste ano. Das 104 medalhas brasileiras, 38 foram de ouro, enquanto os donos da casa encerraram com 93, sendo 24 douradas.

“Foi uma participação excelente. Viemos de uma sequência de competições com as preparatórias para o Mundial e depois o próprio Mundial (de Glasgow). Antes de vir, a preocupação era com o desgaste dos atletas, mas eles nadaram os melhores ou muito próximo dos melhores tempos”, disse Leonardo Tomasello, técnico-chefe da natação brasileira.

Para Daniel Dias, o evento não foi somente uma mostra do que o Brasil pode apresentar em 2016, mas também um teste para detectar erros e melhorar a preparação. “Acredito que os Jogos (Rio 2016) em casa é uma inspiração para todos os atletas que estão aqui, pois este é um grande teste para avaliarmos nosso trabalho e ver o que precisa ser acertado para chegarmos melhor em 2016. Superar Guadalajara mostra o crescimento que o esporte paraolímpico está tendo e que vamos chegar muito forte no próximo ano”, disse o atleta, que garantiu a 100a medalha da natação brasileira neste Parapan.

“A nossa meta era ajudar o país no quadro geral, lembrando que temos o Canadá como principal adversário, tanto no geral quanto na modalidade. Sem dúvida esta foi a nossa melhor campanha em Jogos Parapan-americanos. Superou as expectativas iniciais”, concluiu Leonardo Tomasello.

Delegação brasileira bate recordes de ouros e do total de medalhas

O Brasil​ ​bateu todos os recordes no Jogos-Parapan-Americanos de Toronto. A um dia do fim das competições, os atletas brasileiros chegaram a marca de 255 medalhas, sendo 107 de ouro, 74 de prata e também 74 de bronze. Neste sábado, o país ainda disputa medalhas no basquete (bronze), no goalball (ouro) e no futebol de sete (ouro). No México, em 1999, foram 91 ouros e, no Rio, em 2007, o maior número no total, 221 medalhas.

Delegação brasileira: recorde de ouros e medalhas no Parapan de Toronto

​As marcas foram quebradas justamente nos esportes que mais medalhas deram ao Brasil na história dos Parapans e também em Toronto. O ouro de número 92 veio com ​Mateus Evangelista, nos 200m rasos T37 do Atletismo. O velocista venceu com 22s08. Já o número total geral de medalhas foi superado com um emblemático pódio triplo na natação. As medalhas 229, 230 e 231 foram conquistadas por Vanilton Nascimento, Ruiter Silva e Matheus da Silva, ouro, prata e bronze, respectivamente, dos 100m livre, classe S9.

Tênis em cadeira de rodas. O Brasil encerrou a participação no tênis em cadeira nesta sexta com um ouro e um bronze nas disputas individuais. Natalia Mayara venceu a americana Kaitlyn Verfuerth por 2 sets a 0: 7-6 e 6-2.

Ao fim da partida, além de celebrar a vitória, ela comemorou, também, a escolha da direção técnica do Brasil, que a nomeou porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Encerramento dos Jogos. Na disputa pelo bronze no torneio masculino, Daniel Rodrigues superou o colombiano Eliecer Oquendo com tranquilidade e fez 2 sets a 0 (6-0 e 6-1). “Ganhar o primeiro set foi a chave”, explicou a brasileira. “A vida inteira me preparei para um momento como este. É muito bom saber que tudo que a gente faz fora daqui está sendo recompensado”.

Natália ainda se emocionou por ter sido escolhida a porta-bandeiras do Brasil no encerramento dos Jogos. “Nunca esperei isso. Quando a Terezinha Guilhermina foi a escolhida para carregar a bandeira na abertura, fiquei pensando: um dia eu vou conseguir. Um dia eu vou ser importante para isso”, disse a tenista, que havia vencido também a disputa em duplas feminina.

Judô. No último dia da modalidade, o Brasil garantiu mais quatro medalhas. Foram duas de prata, conquistadas por Wilians Araújo e Alana Maldonado, e dois bronzes, por Antônio Tenório e Arthur Silva. Com os resultados, o país encerrou a participação na modalidade com sete judocas no pódio.

Na divisão dos meio-pesados, o brasileiro Arthur Silva venceu o americano Benjamin Goodrich e ficou com o bronze. Competindo em nova categoria, até 90kg, Antônio Tenório, tetracampeão paralímpico, venceu o venezuelano Hector Espinoza na disputa do terceiro lugar. Além das quatro medalhas desta sexta, o Brasil teve os ouros de Michele Ferreira e Abner Nascimento e o bronze de Harlley Arruda.

Com ouro no masculino e prata ​no feminino, ​Brasil domina o vôlei sentado

Seleção Masculina comemora o ouro no Parapan-2015

As seleções brasileiras de vôlei sentado conquistaram duas medalhas históricas no Parapan de Toronto. No masculino, o país confirmou seu favoritismo e se sagrou tricampeão da competição.

Já na estreia do vôlei feminino em Jogos Parapan-americanos, a equipe brasileira conquistou a prata. Ambos enfrentaram os Estados Unidos na final.

O time masculino do Brasil não teve dificuldades para vencer os americanos na final do Parapan de Toronto e garantir seu terceiro ouro seguido na história da competição. A equipe brasileira, que já havia vencido por 3×1 na fase de grupos, fez 3×0(25×19, 25×17 e 25×14) na final.

“A gente veio do Brasil buscar o que era nosso, a medalha de ouro. O objetivo era não perder nenhum set, a gente perdeu um para os EUA(na primeira fase) só que hoje na final a gente mostrou para eles porque que a gente foi o segundo melhor time do mundo no M​undial do ano passado e atualmente é o melhor time de voleibol sentado no mundo”, d​isse o atacante Anderson.

Já para Giba, que esteve presente nas três vezes que o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio, a vitória da seleção só confirma o nível alto que o grupo atingiu. “Missão cumprida. A gente tem é que comemorar. Passa um filme na cabeça. Em 2007 Brasil não era favorito, escutamos um monte de coisa que só deixaram a gente mais forte dentro do Brasil… Cada conquista é um gosto diferente. E foi esse lindo jogo, 3×0, para não ter dúvidas do trabalho que estamos fazendo. Estamos num caminho muito forte.”

Mulheres estre​iam com prata. Na estreia do vôlei sentado feminino em Jogos Parapan-A​mericanos, as brasileiras chegaram à final e conquistaram a prata. As meninas do Brasil foram superadas pela equipe dos EUA por 3×0 (25×20, 25×22, 25×16). “A gente deu um trabalho legal, mas nossa expectativa era de ter ido melhor, de ter brigado pelo menos por um set. Chegamos bem perto, mas infelizmente não foi dessa vez”, avaliou a atacante Suelen Lima.

O time brasileiro já havia perdido para as americanas na primeira fase da competição, por 3×1. “A gente está feliz de todo jeito com a prata. Acho que é uma grande conquista. Agora é treinar cada vez mais para subir no pódio em 2016”, afirmou Suelen.

Tenista Natália Mayara se emociona com ouro e anúncio de que será porta-bandeira

Natália Mayara irá levar a bandeira do Brasil no encerramento

Ela entrou para as disputas do tênis em cadeira de rodas nos Jogos Parapan-Americanos como a quarta favorita, mas vai voltar de Toronto para Brasília com duas medalhas de ouro na bagagem. Emoção comparável somente à de ser anunciada como porta-bandeira da delegação nacional na cerimônia de encerramento do evento neste sábado. Natália Mayara teve dois dias intensos, cansativos, mas recompensadores.

Na quinta-feira, a brasileira venceu a final de duplas ao lado de Rejane Silva, por 2 a 1 sobre as colombianas Johana Martinez e Angelica Bernal. Nesta sexta-feira, ganhou a final individual da americana Kaitlyn Verfuerth, cabeça de chave número um do torneio, por 2 a 0, com parciais de 7/6 e 6/2. E enquanto comemorava, recebeu a notícia: “A gente queria aproveitar para dizer que você é a nossa porta-bandeira na cerimônia de encerramento”, comunicou Edilson Alves, chefe de missão do Brasil e coordenador técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Motivo para Natália se emocionar novamente. “Nunca imaginei. Juro que pensei no começo, quando a Terezinha Guilhermina (corredora) tinha sido escolhida para ser a porta-bandeira da abertura: ‘Poxa, um dia eu vou conseguir, vou ser importante para isso’. E eu consegui”. Recompensa pelo esforço feito entre a última edição do Parapan, em Guadalajara, até a decisão no Canadá: “Há quatro anos saí chorando de tristeza, porque perdi para a norte-americana nas quartas de final. Trabalhei duro e hoje volto com dois ouros”, disse.

No masculino, enquanto Natália travava a batalha pelo ouro, o brasileiro Daniel Rodrigues buscava o bronze na quadra ao lado. Com mais facilidade, ele venceu o colombiano Eliecer Oquendo por 2 a 0, com parciais de 6/0 e 6/1, enquanto a compatriota ainda estava fechando o primeiro set. O tenista havia conquistado, no dia anterior, a prata nas duplas no masculino ao lado de Carlos Alberto Chaves.

“Eu estava focado nisso, dormi pensando nessa medalha. Não podia deixar escapar de jeito nenhum. É muito importante voltar com duas medalhas. É meu segundo Parapan. Na edição passada só pude disputar no individual e não passei da primeira rodada”, conta o tenista, que mudou o panorama da carreira de Guadalajara para Toronto, a exemplo de Natália.

Seleção feminina conquista ouro no goalball pela primeira vez

Meninas do Goalball comemoram o primeiro ouro

A Seleção Brasileira feminina de goalball conquistou nesta sexta-feira, em Toronto, a sua primeira medalha de ouro em Jogos Parapan-Americanos. As meninas venceram os Estados Unidos em um confronto acirrado pelo placar de 7 a 6 e subiram no lugar mais alto do pódio no Mississauga Sports Centre.

Há quatro anos, no Parapan de Guadalajara, as duas equipes também se encontraram na decisão, e na ocasião, as americanas venceram por 2 a 0. A revanche foi comemorada pela jogadora Victoria Nascimento, artilheira da final com seis gols. “Esse é o meu primeiro Parapan, eu era muito nova em 2011, mas eu sei da história e a cobrança desse vice-campeonato era muito grande. Estou muito feliz por fazer história com essas meninas, é uma sensação muito gostosa de conquista e de superação”, comemorou a atleta de 17 anos, a mais nova do time.

No basquete em cadeira de rodas, a seleção feminina repetiu o desempenho do Parapan de Guadalajara e ficou com a medalha de bronze. Na decisão do terceiro lugar, o Brasil derrotou a Argentina por 49 a 19 (23 a 13). Lia Martins e Perla Assunção foram as cestinhas da partida com 14 pontos cada. “O resultado foi muito bem-vindo. Demos o nosso melhor em todos os jogos e nessa disputa de terceiro lugar não foi diferente. Demos o nosso máximo e a medalha veio”, disse Lia.

Na outra disputa da medalha de bronze nesta sexta-feira, o rugby em cadeira de rodas foi derrotado pela Colômbia por 50 a 48 e terminou em quarto lugar. Esta foi a estreia da modalidade nos Jogos Parapan-americanos.

Seleção Brasileira de Fut 5 é tricampeã dos Jogos Parapan-Americanos

Futebol de 5 comemora a vitória sobre a Argentina

Foi suado, sofrido, emocionante. Uma final digna de um Brasil e Argentina. Em mais uma decisão de título a Seleção Brasileira supera os hermanos, e garante o tricampeonato dos Jogos Parapan-Americanos. Ricardinho e Jefinho marcaram os gols na vitória de 2 a 1, nesta sexta-feira, na arena montada na Universidade de Toronto.

Depois de um 0 a 0 morno na penúltima rodada da primeira fase, as duas seleções entraram para a partida decisiva com outro espírito. Com Ricardinho e Jefinho, os dois melhores jogadores do mundo, pela frente, a Argentina buscou neutralizar as ações ofensivas do Brasil. A marcação funcionou até os 7 minutos da primeira etapa, quando numa jogada típica de craque, Jefinho arrancou em diagonal e bateu cruzado para abrir o placar.

Com o placar reverso, a Argentina teve que sair para o jogo. Uma postura diferente no segundo tempo, que deu ao Brasil espaço para os contra-ataques. Assim saiu o segundo. Ricardinho aproveitou espaço na defesa, driblou três e, sutilmente, deu um toque por cima do goleiro. A bola ainda bateu na trave antes de entrar: 2 a 0. Para delírio da torcida brasileira.

A desvantagem no placar não abalou os argentinos. Após cobrança de falta, Espinillo mandou uma bomba no ângulo, indefensável para Luan. Um susto para os brasileiros. Com mais quatro minutos por jogar, a Argentina cresceu na partida e passou a ocupar maior parte do terreno ofensivo.

A menos de um minuto para soltar o grito de campeão, um susto para os brasileiros. Mais uma vez, assim como no gol de Ricardinho, o Brasil contou com a ajuda da trave. Espinillo carregou a bola para o meio e chutou de direita. Luan se esticou todo e tocou com a ponta dos dedos na bola, que parou na trave e saiu pela linha de fundo. O lance foi comemorado com um gol pelos jogadores do Brasil, que aguardaram o encerramento do jogo para comemorar o terceiro título em Jogos Parapan-Americanos.

“Foi um jogo muito difícil, que nós saímos na frente com dois gols, mas passamos sufoco. Eles fizeram um de falta, e uma bola que Luan fez um defesão e ainda bateu na trave. Foi no detalhe, mas é mais gostoso assim. Foi maravilhoso. Nós passamos por dificuldades durante a competição. Muitas lesões, jogadores no sacrifício. Mas quero dedicar esse título à minha mãe que faz aniversário amanhã”, comemorou o craque Ricardinho.

O Brasil encerrou a participação em Toronto com o título invicto – cinco vitórias e um empate -, e o artilheiro da competição. Mesmo fora das três últimas partidas por conta de uma lesão, Raimundo Nonato marcou sete gols.

Scheidt e Fernanda Decnop são convocados para os Jogos Olímpicos Rio-2016

Robert Scheidt vai para a sua sexta Olimpíada na carreira

A equipe brasileira de vela está praticamente fechada para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Após a definição prévia dos nomes das classes RS:X (masculina e feminina), Finn, 49erFX e 470 feminina, a Confederação Brasileira de Vela anunciou os representantes da classe Laser. Na Radial, Fernanda Decnop, de 28 anos, vai representar o Brasil pela primeira vez em uma edição dos Jogos e na Standard o escolhido é Robert Scheidt, que, aos 42 anos, vai para sua sexta participação olímpica.

Maior medalhista olímpico do Brasil, Scheidt volta a disputar os Jogos na classe em que conquistou suas duas medalhas de ouro (Atlanta 1996 e Atenas 2004) após passagem pela Star. A decisão de anunciar os dois atletas foi tomada após avaliação do Conselho Técnico da Vela (CTV) baseada nos resultados obtidos nas principais competições em 2013, 2014 e 2015. Os dois velejadores estarão em ação com a equipe brasileira durante a Regata Internacional de Vela, que serve de evento-teste para os Jogos Olímpicos e será disputada de 15 a 22 de agosto, na Marina da Glória.

Assim como Torben Grael, hoje Coordenador Técnico da CBVela, Robert Scheidt soma cinco medalhas em Jogos Olímpicos. O paulista tem, além dos dois ouros, duas pratas (em Sydney 2000, na Laser, e Pequim 2008, na Star) e um bronze (Londres 2012, na Star).

“É um orgulho muito grande voltar a representar o Brasil numa Olimpíada, pelo momento que estou vivendo. Uma honra e uma grande oportunidade, ainda mais por disputar os Jogos no Rio, diante da família, dos amigos e da torcida brasileira”, afirmou o velejador.

Medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, em julho, Fernanda é uma das atletas da nova geração da vela brasileira. No Rio, em 2016, ela será uma das velejadoras que tentará recolocar o Brasil no pódio após o terceiro lugar obtido por Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na classe 470 feminina, em Pequim 2008.

“Foi um trabalho muito duro para obter esta vaga. Por ser uma Olimpíada em casa, fico ainda mais feliz. Agora é trabalhar para conseguir uma medalha, representar bem o meu país numa edição que será especial por ser no Rio, com família e amigos por perto. Vai ser uma experiência incrível”, disse a atleta.

Scheidt e Fernanda se juntam a outros sete velejadores já garantidos nos Jogos Olímpicos do Rio. São eles Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina; Ricardo Winicki Santos, o Bimba, na RS:X masculina; e Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina. Todos estarão na disputa do evento-teste, a partir deste sábado, assim como Henrique Haddad e Bruno Bethlem (classe 470 masculina); Samuel Albrecht e Isabel Swan (Nacra 17); e Marco Grael e Gabriel Borges (49er).

Tênis de mesa encerra participação no Parapan com melhor campanha

Com uma campanha histórica, a melhor já alcançada nos Jogos Parapan-Americanos, o Brasil faturou 31 medalhas no tênis de mesa em Toronto. Foram 15 ouros, 10 pratas e seis bronzes para colocar a delegação na liderança do quadro da modalidade. Nesta quinta-feira, os mesatenistas brasileiros levaram três ouros e uma prata.

Equipe do Tênis de Mesa conquistou 31 medalhas no Parapan de Toronto

Foi por pouco que Maria Luiza Passos, de 64 anos, não realizou o grande sonho. A prata, conquistada ao lado de Joyce Oliveira na disputa por equipes da classe 4/5, foi o sétimo pódio da mesatenista em edições do Parapan: três pratas e três bronzes somando as participações em Santo Domingo-2003, Rio-2007 e Guadalajara-2011. Na final desta quinta, contra as mexicanas Maria Paredes e Martha Verdin, as brasileiras foram derrotadas por 2 x 1. “A Joyce mora em Brasília e eu, em Curitiba. Então cada uma treinou na sua cidade. Só nós encontramos e treinamos aqui”, afirma Maria Luiza.

Sem se preocupar com a idade, ela avisa: não pretende parar tão cedo. “Vou continuar treinando e viajando. Não vou parar, até porque tenho uma neta de 14 anos que é classe 10, porque nasceu com má formação no braço, e ela já está jogando. Quero dar esse apoio para ela”, conta a avó mesatenista.

Parceira de Maria Luiza, Joyce teve um grande obstáculo no Parapan. “Eu tenho uma haste na coluna, e um parafuso está fora do lugar. Tenho que fazer uma cirurgia, estou sentindo essa dor há quatro meses. Nos Abertos da Eslovênia e da Eslováquia (em maio), nem consegui jogar de dor. Fiquei dois meses parada e treinei só um mês para estar aqui”, diz a jovem de 25 anos, que chegou a adiar o procedimento para competir no Canadá e carimbar a vaga para os Jogos de 2016. “A gente queria o ouro (na equipe), mas eu nem esperava chegar à final porque estou com muita dor”, admite.

No masculino, Luiz Filipe Manara e Paulo Salmin também garantiram a participação nos Jogos Paralímpicos de 2016. Na final por equipes da classe 6/8, os brasileiros venceram os canadenses Ian Kent e Masoud Mojtahed por 2 x 0 após uma disputa eletrizante. A mãe, Eliana, o pai, Luiz Carlos, e o irmão, Luiz Carlos Júnior, viajaram pela primeira vez ao exterior para acompanhar uma competição de Luiz Filipe. “Meu pai tem um jeito peculiar de torcer porque sempre grita muito. A família dá uma força diferente, ajudou bastante”, diverte-se o jogador.

O tênis de mesa brasileiro deixa Toronto superando a marca das 27 medalhas de Santo Domingo, em 2003, e com vagas garantidas em 2016 para os dez brasileiros medalhistas de ouro individuais. Outras vagas podem ser conquistadas por meio do ranking mundial.

Veja as fotos do Brasil no quinto dia de Parapan-2015

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Judô brasileiro conquista primeira medalha no Parapan de Toronto

Foto:Fernando Maia/MPIX/CPB
Michele Ferreira conquistou o primeiro ouro do Brasil

O judô brasileiro estreou nesta quarta-feira, 12, nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. Na categoria até 52kg, Michele Ferreira venceu todas as lutas e garantiu o ponto mais alto do pódio.

“Nesta competição, fiz quatro lutas, sendo a final  contra a americana Christina Thomas. Todas foram muito complicadas, cada uma com seu nível de dificuldade. Sei que ainda tenho que trabalhar bastante a técnica daqui para frente. Estive em Guadalajara, fui medalha de ouro, só que lá só tinha duas atletas, mas, dessa vez, tinham mais, e isso mostra que o nível aumentou. É bom porque você faz várias lutas e aí vê os erros”, disse.

Pela categoria até 48kg, Karla Cardoso ficou em primeiro e, Luiza Oliano, em terceiro. No entanto, as medalhas conquistadas por ambas não serão contabilizadas no quadro geral porque só havia três atletas na divisão. Rayfran Pontes e Mayco Rodrigues, das categorias até 60kg e 66kg, respectivamente, também entraram em ação neste primeiro dia, mas perderam nas disputas do bronze.