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Veja o álbum de fotos do evento-teste de Maratona Aquática

Federação Internacional ameaça tirar provas de vela da Baía de Guanabara

Baía de Guanabara ainda luta contra a sujeira das águas

Das agências internacionais

O chefe de competições da Federação Internacional de Vela, Alastair Fox, afirmou que pode tirar as competições de iatismo da Baía de Guanabara nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. A declaração foi dada na última sexta-feira(24) em entrevista à agência de notícias Associated Press.

Fox disse que a organização está frustrada com o pouco que foi feito até o momento para a limpeza da Baía. “Se tivermos que realizar as regatas fora da Baía, é assim que vai ser, para garantir uma prova justa. É algo que podemos explorar e fazer”, declarou.

Três provas estão previstas para dentro da Baía, mas podem ser transferidas para o mar aberto, onde devem ser realizadas outras três disputas.

De acordo com a AP, Fox pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para pressionar os políticos brasileiros, pois entende que não seja culpa do Comitê Organizador dos Jogos.

Durante a candidatura para os jogos, o Rio prometeu reduzir em 80% o lançamento de esgoto na Baía de Guanabara até os Jogos, mas o secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, descartou a possibilidade de se atingir a meta

Ana Marcela é prata e prova feminina fecha eventos-teste de Agosto

Ana Marcela ficou com a prata

Sétimo evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e última do mês de agosto, o Evento Internacional de Maratona Aquática terminou neste domingo com a prova feminina.

No percurso de 10km, a brasileira Ana Marcela Cunha terminou em segundo lugar(2h12min19s), um segundo atrás da britânica Keri Anne Payne, vencedora com 2h12min18s. O bronze foi para a alemã Isabelle Harle(2h12min23s).

Com a prova, a maratona aquática se junta ao vôlei, ao triatlo, ao remo, ao hipismo, ao ciclismo de estrada e à vela, todos com eventos-teste já realizados no Rio de Janeiro. Como não valia pontos para o ranking mundial ou colocava em jogo vaga para os Jogos Olímpicos de 2016, o evento-teste da maratona aquática teve como principal objetivo permitir que os atletas conhecessem o percurso de competição e as condições de clima e do mar.

Apesar de o mar estar bem mais tranquilo do que na prova masculina, no sábado, a temperatura da água, de 18 graus dificultou a vida das atletas. Tanto que algumas favoritas, como Aurelie Muller e Poliana Okimoto, abandonaram na segunda volta. Poliana sentiu dores na virilha e, para não agravar a lesão, já que ainda tem provas importantes neste semestre, preferiu não continuar.

Em 2016, a disputa da maratona aquática nos Jogos Olímpicos será marcada foi uma situação inédita para a modalidade: pela primeira vez a prova será disputa no mar, em águas abertas, ao contrário das outras edições olímpicas, realizadas em raias de remo ou lagos artificiais.

Atletas saltam da balsa para largada da prova de Maratona Aquática

A britânica Keri Anne Payne, campeã do evento-teste, elogiou a condição da água e o cenário da prova. “É uma área de competição brilhante. Eu tive que tentar me concentrar nas voltas quando olhava para o lado e via o Corcovado me dizendo ‘bem-vinda’. A Praia de Copacabana é um lugar tão icônico para nadar. O dia estava lindo hoje, todo mundo na rua, e acho que vai ser perfeito em 2016”.

Embora tenha levantado questões sobre os barcos de alimentação, Ana Marcela Cunha (que acabou de voltar de férias de 15 dias e, portanto, não estava no auge da forma), também avaliou de forma positiva o evento-teste. “Estou bem contente com a forma como eu nadei. Tive paciência e por mais que todo mundo ache que é difícil, é uma coisa que a gente encara de um modo um pouco mais fácil”, encerrou Ana Marcela.

Sem poluição, Allan do Carmo vence evento-teste de Maratona Aquática

Allan do Carmo comemora a vitória no evento-teste

Com maré alta e temperatura em torno de 18ºC, 25 atletas, de nove países competiram neste sábado nos 10km do percurso montado ao lado do Forte de Copacabana para a primeira prova do Evento-teste de Maratona Aquática. A competição é o único teste da modalidade para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Apesar do apelo midiático da prova, que teve predominância de brasileiros(15 atletas do país participaram da prova masculina), o resultado não foi o que mais importou. Ainda assim, o Brasil fez a festa com a vitória do baiano Allan do Carmo, que protagonizou uma chegada emocionante e superou, na batida de mão, o japonês Yasunari Hirai. O canadense Richard Weinberger foi o terceiro colocado.

Allan terminou a prova em 2h03min53s9. Hirai fez o tempo de 2h03min54s4 e Weinberger cravou a marca de 2h03min57. Medalha de prata nos 5km por equipe no Mundial de Kazan, no início do mês, Diogo Villarinho não completou o desafio. “Foi uma prova disputada e difícil também por conta das condições do mar, que estava movimentado e mexido”, analisou Allan. “Fiz uma prova de recuperação e pelo mar estar mexido tem que ter muita referência e um senso de direção grande, mas essa é uma das minhas características”, continuou o nadador.

Como a prova não contava pontos para o ranking mundial, o mais importante, tanto para os atletas quanto para a organização foi, de fato, testar não só o percurso (que deve ser oficializado pela Federação Internacional de Natação – FINA para os Jogos Olímpicos Rio 2016), mas toda a logística que será exigida para a competição olímpica no ano que vem.

De acordo com Gustavo Nascimento, diretor de gestão de instalações do Rio 2016, cerca de 400 pessoas (entre staff do Rio 2016, da Prefeitura e terceirizados) estiveram envolvidas na organização da prova, de modo que todas as situações possíveis para os Jogos Olímpicos pudessem ser testadas. “A gente escolheu fazer em agosto para testar tudo, inclusive temperatura da água, condições de maré, até para prover aos atletas as condições mais próximas de competições que eles vão encontrar no ano que vem”, explicou Gustavo.

CT inaugurado pelo COB se soma a investimentos em curso na ginástica

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) inaugurou nesta sexta-feira o Centro de Treinamento Time Brasil de Ginástica Artística.

Montado na quadra de aquecimento da HSBC Arena, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o CT de 2.500 metros quadrados conta com salas separadas para a ginástica feminina e masculina, sala de atendimento aos atletas pelas equipes multidisciplinares, sala médica, entre outras. O local tem ainda área de convivência, refeitório, espaço de fisioterapia e sala de estudos.

Visão geral do CT de Ginástica montado na Arena da Barra. Foto: Reuters

Equipamentos de análise de imagem estão sendo importados dos Estados Unidos, principalmente para os aparelhos de solo e saltos. A previsão é de que sejam instalados em fevereiro. O custo das obras de adequação, compra e importação de equipamentos ficou em torno de R$ 2 milhões. “Além de se equiparar aos melhores do mundo, o CT traz a vantagem de ficar a metros de distância da arena de competição olímpica”, disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

A seleção feminina vai utilizar o CT de forma contínua. A equipe masculina passa a ir ao Rio em campings de treinamento, principalmente os ginastas especialistas em determinados aparelhos. Os generalistas passarão a treinar no CT, em data ainda a ser definida, visando ao Mundial da Escócia, em outubro. A previsão é para que, em um momento de pico, cerca de 40 atletas utilizem o local ao mesmo tempo.

“É com enorme alegria que inauguramos esse extraordinário centro de treinamento de ginástica artística, um presente para a ginástica brasileira. Além de se equiparar aos melhores do mundo, o CT Time Brasil ainda traz a vantagem de ficar a metros de distância da arena de competição olímpica”, disse Carlos Arthur Nuzman. “Temos a certeza de que, faltando cerca de 19 meses para os Jogos, essa será a nova casa da ginástica brasileira”, completou o presidente do COB.

“Estamos aqui ratificando o nosso compromisso com o esporte de alto rendimento na cidade do Rio de Janeiro, que terá um futuro brilhante com todos os investimentos que estão sendo feitos”, disse o prefeito Eduardo Paes. “Quero garantir que esse CT que está sendo inaugurado hoje não sairá daqui após os Jogos Olímpicos do Rio”, afirmou o Prefeito.

O COB já recebeu solicitações de outros países interessados em utilizar o local. Mas, nesse primeiro momento, o COB e a CBG preferem manter apenas a seleção brasileira treinando no local. A partir de fevereiro será estudada a possibilidade de intercâmbio com equipes de outros países.

Sonho adiado: Tiago Camilo se despede das Olimpíadas sem medalha


O sonho de Tiago Camilo conquistar sua terceira medalha olímpica chegou ao fim. Nesta quarta-feira, ele perdeu o bronze para o grego Ilias Iliadis, líder do ranking na categoria médio (- 81kg), no Excel Center. Dono de uma prata em Sydney 2000 e de um bronze em Pequim 2008, Tiago sai dos Jogos Olímpicos Londres 2012 decepcionado.


Foto:Marcio Rodrigues/Fotocom.net
Tiago Camilo mosta decepção depois da derrota  na repescagem
– Nunca tinha saído sem medalha, então esse momento está sendo muito duro para mim. Depois de Pequim, o trabalho foi árduo até aqui. Agora é descansar e tomar as decisões necessárias na hora certa – disse Tiago, que aos 30 anos não pensa em aposentadoria e afirmou que vai tentar a classificação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. “Tenho prazer em lutar e representar o meu país. Enquanto tiver essa paixão de lutar, vou continuar”.
O judoca até começou bem na competição, vencendo o ucraniano Roman Gontiuk e o italiano Roberto Meloni com ippons nas duas primeiras lutas. Nas quartas de final, derrotou o uzbeque Dilshod Choriev por um yuko. Na semifinal com um wazari no primeiro minuto e um yuko por punição renderam a Tiago a primeira derrota para o sul-coreano Dae-Nam Song. 
O brasileiro ainda conseguiu um yuko sobre o adversário, mas não reverteu o resultado e foi para a disputa do bronze com Ilias Iliadis. O grego venceu por um yuko, resultado não de um golpe, mas de duas punições por falta de combatividade sofridas por Tiago.
“Foi uma luta dura com o coreano. Com o Ilias, houve as punições. O que me dá prazer é buscar o ippon, procuro lutar sempre no meu estilo, que é esse. Mas com todo mundo jogando com o regulamento, nem sempre é fácil. Agora já foi”, disse o judoca.
Ao fim do quinto dia do judô, o Brasil tem uma medalha de ouro, de Sarah Menezes, e uma de bronze, de Felipe Kitadai, conquistadas no primeiro dia de competição. Amanhã, pelos meio-pesados, Luciano Correa (-100 kg) enfrenta Oumar Kone, de Mali, e Mayra Aguiar (- 78 kg), líder do ranking, luta com Hana Mareghni, da Tunísia. Na sexta, pelos pesados, Rafael Silva (+ 100kg) luta com o islandês Thormodur Jonsson e Maria Suelen Altheman (+ 78kg) enfrenta a francesa Anne-Sophie Mondiere.

Brasil espera se consolidar como grande potência do judô

Sarah Menezes será a primeira a brigar por medalha

Das agências de notícias

Dona de várias medalhas em competições internacionais há vários anos, a equipe brasileira de judô está em Londres tentando ser representado no pódio o maior número de vezes possível para se consolidar como potência mundial na modalidade, que começará a ser disputada nesta edição dos Jogos Olímpicos neste sábado.

Primeiro cabeça de chave na categoria dos meio-médios (até 81 quilos), Leandro Guilheiro lutará na terça-feira para conseguir sua primeira medalha de ouro em Jogos Olímpicos depois dos bronzes conseguidos em Atenas e Pequim.

A jovem Mayra Aguiar, número 1 nos pesados (mais de 78 quilos), tenta sua primeira medalha de ouro com apenas 21 anos. No entanto, a primeira medalha do país pode acontecer com Sarah Menezes, segunda cabeça de chave na categoria ligeiro (até 48 quilos) e que neste sábado inicia sua segunda tentativa de ir à final. A grande oponente é a japonesa Tomoko Fukumi, primeira colocada do ranking.

Entre os representantes do Brasil também há dois campeões do mundo: Luciano Corrêa nos meio-pesados (até 100 quilos), que não chega aos Jogos em seu melhor momento e está classificado na posição número 16 do ranking internacional, e Tiago Camilo, bronze em Pequim e que é o sexto cabeça de chave nos meio-médios (81 quilos). Erika Miranda (meio-leve), Rafaela Silva (leve) e Rafael Silva (pesado), cabeças de chave em suas categorias, são outras opções para aumentar o quadro de medalhas do Brasil.

 Com 387 atletas classificados de 135 países diferentes, o judô será a terceira modalidade dos Jogos com mais nacionalidades representadas, atrás do atletismo e da natação. Entre esses países está a Arábia Saudita, que pela primeira vez enviou duas mulheres aos Jogos Olímpicos, uma delas a judoca Wojdan Shaherkani, cuja participação ainda não está garantida devido a proibição da Federação Internacional de Judô de se competir utilizando o hijab.

A capital britânica também pode presenciar a consolidação do judô francês como principal adversário à hegemonia japonesa na modalidade. Quatro atuais campeões do mundo são franceses e lutarão nestes Jogos pelas medalhas, entre eles Lucie Decosse, medalha de prata nos leves em Pequim, e Teddy Riner (pesado), pentacampeão mundial que tentará se redimir do bronze conquistado nos últimos Jogos.